Petrolina

Caso Beatriz: polícia procura suspeito de apagar imagens de câmeras

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 13/12/2018 às 8:19

Beatriz Mota foi assassinada há três anos dentro do colégio em que estudava; até hoje o crime nunca foi esclarecido
Foto: arquivo pessoal

A Polícia Civil está em busca do ex-prestador de serviços do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Allinson Henrique de Carvalo Cunha, suspeito dos crimes de falso testemunho e fraude processual no caso Beatriz Angélica Mota, criança de 7 anos que foi assassinada há três anos dentro da instituição de ensino.

O mandado de prisão preventiva do suspeito foi expedido nessa quarta-feira (12) pela 3° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Polyanna Neri, o advogado de Allinson deverá apresentá-lo à Polícia Civil. "Venho trabalhando incansavelmente junto com minha equipe para tentar desvendar esse grande mistério que assola a todos nós", afirmou.

Allinson é suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança do colégio, que poderiam mostrar o momento em que o suspeito de matar Beatriz circulou pela instituição de ensino antes de matá-la. Em depoimentos anteriores, Allinson negou que tenha apagado as imagens.

Um vídeo de câmeras de segurança do colégio mostra o ex-prestador de serviços entrando na sala de monitoramento onde o HD estava, no dia 4 de janeiro de 2016. Quando a polícia teve acesso ao equipamento, descobriu que as imagens não estavam mais lá.

Beatriz Mota, então com 7 anos, foi assassinada com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015 dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a criança afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado momentos depois.

Família

Familiares e amigos de Beatriz estiveram em frente ao colégio para fazer uma corrente de oração
Foto: Rádio Jornal Petrolina

Os pais de Beatriz estiveram na manhã desta quinta-feira em frente ao colégio e fizeram uma corrente de oração. "Senhor, nos ajuda, dá direcionamento, dá inteligência a esses investigadores. Allinson é apenas o primeiro, nós sabemos que outros estão envolvidos também", disse a mãe da menina, Lucinha Mota, aos prantos.