Investigações

Caso Beatriz: defesa de Alisson diz que ele foi usado como bode expiatório

Mãe da menina, Lucinha Mota, rebateu declarações da defesa do suspeito de apagar imagens do colégio

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 25/07/2019 às 10:06
Arquivo pessoal
FOTO: Arquivo pessoal

Os pais da menina Beatriz Mota, assassinada há mais de três anos dentro de um colégio particular de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, rebateram a defesa de Alisson Henrique Carvalho, que culpou a Polícia Civil, alegando incompetência na investigação do caso.

A defesa do ex-prestador de serviços suspeito de apagar imagens das câmeras de segurança da instituição de ensino cita que a polícia "usou Alisson como bode expiatório para poupar um erro" e que o HD com imagens do circuito do colégio "foi apagado pela polícia por um sistema incompatível". A defesa disse ainda que Lucinha Mota estaria "investigando o caso sozinha".

Sobre as declarações, a mãe da criança desabafou dizendo que "foragido da Justiça não deveria ter espaço na imprensa" e perguntou ainda porque ele alega inocência e não se entrega. Desde dezembro do ano passado, há um mandado de prisão expedido contra Alisson, o qual ainda não foi cumprido.

Na última quinta-feira (18), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Alisson. Um dia depois, a família de Beatriz fez um protesto em frente à Delegacia Seccional de Petrolina.

Relembre o caso

Beatriz Mota, então com 7 anos, foi assassinada com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.