Mobilidade

Interdição da Ponte Velha causa transtornos em Santa Cruz

Lojistas alegam que perderam 60% do movimento por causa da dificuldade no acesso à cidade

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 15/08/2019 às 11:50
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Principal acesso à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, a Ponte Velha foi interditada no dia 15 de junho. Isto tem provocado muitos problemas aos moradores. De acordo com representantes da prefeitura do município, a reforma ou construção de outra ponte seria de responsabilidade do Governo do Estado.

"Tivemos uma audiência com dra. Renata, que está secretária de Infraestrutura do Estado. O entendimento foi acompanhar o parecer técnico, ela que também é engenheira, e de imediato nós tomamos as providências necessárias para a interdição", contou o coordenador da Defesa Civil de Santa Cruz do Capibaribe, Bartol Neves. Segundo ele, a secretária deu um prazo de 90 dias para iniciar os trabalhos.

A alternativa da prefeitura para diminuir os transtornos foi a construção de uma passagem molhada. A ideia surgiu após um levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e outras entidades do comércio da cidade, que detectaram um prejuízo de 60% no movimento por causa do problema. Na área existem ainda dois bairros com 16 a 18 mil habitantes no entorno, que também são impactados.

"Tem atrapalhado e muito, tanto no setor financeiro como na mobilidade, na entrada e saída da cidade. Até hoje fizeram essa passagem molhada, mas ninguém tomou providência de nada", reclama o empresário Heleno Júnior. Quem não é da cidade fica desorientado, pois não há sinalização. O mecânico Leandro Silva é da Paraíba e perdeu tempo tentando saber por onde deveria seguir: "Está interrompendo o trânsito, não tem nenhuma placa de sinalização, não avisam nada".

A ambulante Neide Marques trafega a pé pela área e tem medo dos veículos. "Está muito ruim de se passar aqui, durante o dia e durante a noite. No dia devido às motos a gente tem que se virar, para não ser atropelado. E de noite, a escuridão", conta.