Os moradores do assentamento Normandia, em Caruaru, no agreste de Pernambuco, tem realizado os trabalhos normalmente no Centro de formação Paulo Freire mesmo sob ordem judicial que demanda a reintegração de posse do local. Segundo informações do Movimento Sem Terra (MST), o grupo tem até o dia 10 de outubro para desocupar o local.
Ainda de acordo com o MST, uma ação que busca embargar a ordem de despejo foi realizada pelo grupo, que aguarda um retorno da justiça até o fim desta semana.
Segundo o juiz da 24ª Federal de Caruaru, caso não seja feita uma desocupação espontânea, o uso da força policial pode ser solicitada. A ação judicial foi protocolada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2008. O instituto alegou que a área para o uso coletivo foi modificada sem autorização.
O centro funciona em 70 hectares de terra às margens da BR 104. O assentamento abriga 41 famílias, tem alojamento para 240 pessoas, refeitório, auditório, quadra esportiva e a casa grande.
Entenda o caso
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) solicitou à Justiça a reintegração de posse contra o Centro de Formação Paulo Freire, localizado no Assentamento Normandia. A ordem de despejo concedida pelo juízo federal no início de Setembro.