Riscos

Buracos prejudicam quem trafega pela PE-145, em Brejo da Madre de Deus

Motoristas dizem que governo faz apenas paliativo, mas não resolve o problema

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 26/12/2019 às 19:24
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

A PE-145, que liga o distrito de Cachoeira Seca, em Caruaru, até a cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, sofre há vários anos com buracos. Anualmente, a estrada recebe a operação Tapa Buraco, mas o paliativo não resolve os problemas dos motoristas.

De acordo com o autônomo Paulo Henrique, uma viagem que duraria em torno de 1h acaba durando 3h. "Tem que desviar dos buracos, é arriscado estourar os pneus, já aconteceu comigo. Tem que fazer suspensão do carro toda semana. Isso está gerando um custo mais alto", revelou.

Milhares de turistas passam pelo trecho de mais de 67 km para assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo, no período da Semana Santa. Porém, todos os anos a situação se repete: estrada ruim e prejuízos. "Eles vieram, disseram que iam abrir o processo licitatório para elaboração do projeto, que ia acontecer a obra. No dia da sessão onde iam ser levantados os orçamentos, a sessão foi adiada. Até hoje o governo não passou essa posição de quando será de fato feito esse processo", lamentou o administrador Rogerson de Souza.

Em novembro, a população fez um protesto: com tinta branca, eles circularam os buracos e pediram providências ao Governo do Estado. Apesar disto, apenas a operação Tapa Buracos foi realizada. "Eles estão nos fazendo de bestas. Está indo para onde o nosso dinheiro do IPVA? O que eles têm feito em prol da gente, que contribui todos os anos? A gente quer uma solução imediata", cobrou a feirante Avani Cordeiro. Os problemas não ficam por aí. De acordo com o cobrador Paulo Alexandre, faltam sinalização e segurança: "É muito complicado".

Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) disse que estão sendo feitas as ações tapa-buracos, de caráter emergencial, até a conclusão do processo licitatório e o início das obras de restauração da rodovia, contemplando os 67,1 quilômetros.

Veja na reportagem do "Povo na TV", da TV Jornal Interior: