Família

Esposa de sargento que morreu após perseguição policial: "mudou tudo"

Moacir Moreira faleceu no dia 19 de julho deste ano, depois de passar dias internado no Hospital Regional do Agreste

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 31/12/2019 às 19:40
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

A família do sargento Moacir Moreira da Silva, que morreu após uma perseguição policial que teve troca de tiros em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, sente a falta do marido e do pai. A falta é sentida com ainda mais força durante as festas de fim de ano, que não terá a presença dele. Moacir faleceu no dia 19 de julho deste ano, depois de passar 18 dias internado no Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru.

Moacir foi baleado junto com outro policial, que morreu na hora. O sargento ainda foi levado para o hospital, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, mesmo após as tentativas de reanimação. Três dos suspeitos foram mortos durante uma operação policial na Paraíba, pouco depois do crime.

A viúva de Moacir, Josiane Sivaldo, relembra como soube da notícia: "Uma amiga minha me ligou, porque acho que ela escutou alguma coisa na televisão. Ela perguntou se estava tudo bem comigo e com Moacir, mas eu senti que tinha acontecido alguma coisa". Ela ainda tentou ligar para o marido, mas não conseguiu. Pouco depois, ela recebeu a ligação de um policial que estava no hospital com ele.

"Quando cheguei no hospital ele estava falando, só dizia que estava sentindo muita dor", contou. Alguns dias depois, o sargento morreu na unidade de saúde. Sem emprego, Josiane e o filho, Moacir Júnior, enfrentam dificuldades. Era o sargento quem sustentava a casa e era o companheiro dos dois.

Sem conter as lágrimas, ela disse que tudo mudou. Afinal, passaram 18 anos juntos. "Eu estava tudo bem, com ele, e de repente, você está só". Josiane relembra ainda que o marido era muito bom e divertido e deu um conselho: "Que você dê mais valor ao que você tem, porque é muito rápido as coisas. Não dá tempo voltar atrás". O filho lamenta que não tenha mais o pai para acompanhá-lo para ir assistir jogos de futebol.

Veja na reportagem do "TV Jornal Notícias", da TV Jornal Interior: