A família do sargento Moacir Moreira da Silva, que morreu após uma perseguição policial que teve troca de tiros em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, sente a falta do marido e do pai. A falta é sentida com ainda mais força durante as festas de fim de ano, que não terá a presença dele. Moacir faleceu no dia 19 de julho deste ano, depois de passar 18 dias internado no Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru.
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Moacir foi baleado junto com outro policial, que morreu na hora. O sargento ainda foi levado para o hospital, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, mesmo após as tentativas de reanimação. Três dos suspeitos foram mortos durante uma operação policial na Paraíba, pouco depois do crime.
A viúva de Moacir, Josiane Sivaldo, relembra como soube da notícia: "Uma amiga minha me ligou, porque acho que ela escutou alguma coisa na televisão. Ela perguntou se estava tudo bem comigo e com Moacir, mas eu senti que tinha acontecido alguma coisa". Ela ainda tentou ligar para o marido, mas não conseguiu. Pouco depois, ela recebeu a ligação de um policial que estava no hospital com ele.
"Quando cheguei no hospital ele estava falando, só dizia que estava sentindo muita dor", contou. Alguns dias depois, o sargento morreu na unidade de saúde. Sem emprego, Josiane e o filho, Moacir Júnior, enfrentam dificuldades. Era o sargento quem sustentava a casa e era o companheiro dos dois.
Sem conter as lágrimas, ela disse que tudo mudou. Afinal, passaram 18 anos juntos. "Eu estava tudo bem, com ele, e de repente, você está só". Josiane relembra ainda que o marido era muito bom e divertido e deu um conselho: "Que você dê mais valor ao que você tem, porque é muito rápido as coisas. Não dá tempo voltar atrás". O filho lamenta que não tenha mais o pai para acompanhá-lo para ir assistir jogos de futebol.
Veja na reportagem do "TV Jornal Notícias", da TV Jornal Interior: