Prevenção

Saúde fará vacinação contra febre amarela após morte de saguis em PE

Receberão a vacinação Camaragibe - no Grande Recife -, e Palmares e Garanhuns, no interior

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 08/01/2020 às 19:06
Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco montou um plano de vacinação contra a febre amarela após pelo menos 14 saguis serem encontrados mortos no fim de dezembro de 2019 no Clube de Campo Alvorada, em Aldeia, bairro de Camaragibe, no Grande Recife. A vacinação, que começa no sábado (11), será realizada em Camaragibe em Garanhuns e Palmares, no Agreste e Zona da Mata, respectivamente. Um estudo apontou que estas cidades do interior fazem parte da rota por onde o vírus poderia entrar.

O resultado do laudo sobre o motivo da morte dos animais ainda não saiu, mas existe uma suspeita de febre amarela. Também há a possibilidade de surtos de herpes e infecção por dengue, além de envenenamento. Nessa terça-feira (7), a SES informou que técnicos do Programa Estadual de Controle das Arboviroses estiveram em Aldeia para coletar os animais, com o objetivo de fazer as análises no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde de Camaragibe, Geraldo Vieira, saguis não transmitem a febre amarela, mas os óbitos dos animais também servem de evento sentinela para monitorar a possibilidade de circulação do vírus na região, antes mesmo de humanos adoecerem. Por isso, os moradores da região onde foram encontrados os animais mortos serão vacinados.

A SES informa que não registra casos autóctones de febre amarela em Pernambuco desde 1938. Ou seja, não há a circulação do vírus da doença no Estado desde aquele ano. Os macacos não transmitem a doença para os humanos e também são vítimas do vírus.

Sintomas

Entre os sintomas da febre amarela estão um início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza, entre outros. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais, e cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

No caso da identificação de alguns destes sintomas, a orientação é que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se foram observadas mortes de macacos próximo aos lugares visitados, assim como picadas de mosquito.