Uma nova espécie de réptil da família das anfisbenas, as chamadas "cobras-de-duas-cabeças", foi identificada por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina, no Sertão pernambucano e também da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
A nova espécie foi descoberta nos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Área de Proteção Ambiental Boqueirão da Onça, na Bahia. O nome científico dela é Amphisbaena acangaoba.
A descoberta foi publicada no periódico internacional Journal of Herpetology. A nova espécie se caracteriza por apresentar um conjunto de escamas na cabeça. Ela recebeu o nome de "acangaoba", uma palavra Tupi que se refere aos adornos utilizados pelos indígenas na cabeça.
As anfisbenas não são cobras, não possuem veneno e não têm duas cabeças. Possuem hábitos subterrâneos e geralmente são de pequeno porte, com menos de 15 centímetros de comprimento. O alimento preferido delas são insetos como formigas, cupins, além de larvas de besouros e de minhocas.