Saúde

Alcoolismo é considerado doença e pode levar à morte

Relatos de pessoas que estão sóbrias ajudam outros a se libertarem do vício

Nayara Vila Nova
Nayara Vila Nova
Publicado em 18/02/2020 às 16:44
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

O alcoolismo é considerado pela medicina uma doença lenta e progressiva, que pode levar à morte. É também a porta de entrada para outras drogas, e a quantidade de pessoas afetadas com a dependência ao álcool é bem maior do que se imagina. Um homem entrevistado pela reportagem da TV Jornal Interior que prefere não ser identificado está sóbrio há sete anos, nove meses e dois dias.

A bebida alcoólica prejudicou e muito a vida dele e da família. Além do álcool, ele também passou a ser usuário de outros entorpecentes. "Eu comecei adolescente, com a idade de 15 anos, aí fui me envolvendo com pessoas também que bebiam e logo em seguida comecei a beber em festa, barzinho. Quando eu fui ver, estava já num período que eu tinha que beber constantemente e eu procurei ajuda, porque estava prejudicando tanto o meu trabalho, como o meu relacionamento, a minha família", relatou.

Com a ajuda de uma vizinha, ele conheceu o grupo dos Alcoólicos Anônimos e começou a participar das reuniões. Lá, viu exemplos de pessoas que conseguiram se libertar do álcool e hoje ajuda outras vítimas.

Outra pessoa que não quer ser identificada também sofreu muitos anos com o vício na bebida. Ele começou a beber aos 11 anos em festas com grupos de amigos, até que a situação foi se agravando. Até chegar um período em que ele não conseguia mais controlar a vontade de beber.

"Quando foi com meus 16 anos basicamente eu já tinha um problema seríssimo, os lugares que eu ia tinham bebida alcóolica. No começo foi divertido, porque saía com a turma, era bom. Mas depois, comecei a beber por necessidade, foi quando complicou. Eu perdi muitos empregos, oportunidades de estudos, concursos públicos, perdi através da minha maneira exagerada de beber". Depois de perder tantas oportunidades, ele resolveu buscar ajuda e começou a frequentar as reuniões do AA. Há três anos ele não coloca um gole de bebida na boca.

Afirmar que eles não vão beber nunca mais é difícil e a filosofia de superação deles é objetiva e realista, vencendo o vício um dia de cada vez.