Covid-19

Ministério da Saúde inclui uso da cloroquina em tratamento contra coronavírus

Protocolo foi divulgado nesta quarta-feira

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
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Marilia Pessoa
Publicado em 20/05/2020 às 12:46
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O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) o protocolo para uso da cloroquina, Azitromicina e Sulfato de Hidroxicloroquina no tratamento de casos leves com coronavírus. Segundo o Ministério, cabe ao médico decidir se vai prescrever ou não a cloroquina. Além disso, também será necessário que o paciente declare a vontade, assinando um Termo de "Ciência e Consentimento".

O protocolo inclui declarar conhecer que o tratamento pode provocar efeitos colaterais que podem levar à "disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito." O presidente Jair Bolsonaro defende o tratamento de coronavírus com hidroxicloroquina desde a fase inicial da doença. Os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, deixaram o governo por não concordarem com o protocolo.

"Apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de possuírem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há meta-análises de ensaios clínicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da covid-19. Assim, fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente", diz trecho do documento.

No documento, são contra-indicações absolutas ao uso da hidroxicloroquina gravidez, retinopatia/maculopatia secundária ao uso do fármaco já diagnosticada, hipersensibilidade ao fármaco, miastenia grave. E a cloroquina deve ser usada com precaução em portadores de doenças cardíacas, hepáticas, renais, hematoporfiria e doenças mentais.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, disse, nesta quarta-feira (20), que o município seguirá o protocolo sobre o uso da cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus. Segundo ele, a prefeitura não é contra o uso da medicação, mas explica que a utilização deve ficar a critério do médico e do paciente.

*Com informações da Agência Brasil e JC

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