Investigações

Caso Miguel: MPPE pode mudar tipificação de crime cometido por patroa

Justiça avaliará se patroa da mãe do menino responderá por homicídio culposo ou doloso

NE10 Interior
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Publicado em 05/06/2020 às 11:05
Reprodução/Arquivo pessoal
FOTO: Reprodução/Arquivo pessoal

A conclusão do inquérito sobre a morte de Miguel, de 5 anos, que morreu após cair de um prédio no Recife, deve ser encaminhada para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pela Polícia Civil. A patroa da mãe do menino, Sarí Côrte Real, foi autuada em flagrante na última quarta-feira (3) por homicídio culposo, mas pagou uma fiança e foi liberada.

No MPPE, o promotor de Justiça analisará provas materiais e depoimentos para decidir se denunciará Sarí Corte Real por homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar).

Relembre o caso

Miguel morreu na última terça-feira (2) após cair de uma altura de 35 metros do condomínio de luxo Píer Maurício de Nassau (Torres Gêmeas), no bairro São José, na área central do Recife. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino entrou no elevador do prédio e foi sozinho até o 9º andar, onde escalou uma grade e caiu de uma altura de 35 metros. Ele estava no apartamento com a patroa da mãe dele e uma manicure.

A mãe dele desceu para passear com o cachorro da patroa. A criança quis ir junto com a mãe, mas foi contido pela dona do apartamento. O menino tentou escapar novamente e a moradora o deixou ir para o elevador sozinho. A patroa da mãe de Miguel viu quando a criança entrou no elevador e não a impediu de andar sozinha.