Economia

Reabertura de atividades econômicas reduz perda de postos de trabalho em Caruaru

Pandemia da covid-19 provocou demissões na cidade

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 30/07/2020 às 16:23
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

Desde que a pandemia do novo coronavírus fez com que algumas atividades econômicas precisassem ser paralisadas, a cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, perdeu 3.179 postos de trabalho. Porém, com o retorno gradual de setores como o comércio e os serviços, alguns postos de trabalho começaram a ser recuperados.

A operadora de caixa Rosana Alves foi uma das que foi dispensada, mas com a reabertura da loja, foi chamada para trabalhar novamente, junto com outros três colegas. "A gente fica com aquela insegurança, achando que não vai ser chamada tão cedo, mas eu tinha na cabeça que podia ter a possibilidade da volta", contou.

Empresas do setor da construção civil, por exemplo, estão fazendo contratações. O diretor de uma construtora da cidade, Bruno Ordonho, informou que há vagas abertas no setor administrativo. Os interessados devem enviar o currículo para o email [email protected].

"A gente até se surpreendeu positivamente com a retomada da construção civil. Nós já abrimos neste empreendimento 20 postos de trabalho, temos outros dois empreendimentos, que também abriram mais 20 postos de trabalho, e temos um terceiro novo empreendimento, para setembro, que a expectativa é para abertura de novos empregos", destacou.

Números

No mês de março, foram 967 postos de trabalho perdidos. Em abril, 1.970. No mês de maio, 532 postos de trabalho foram fechados e em junho, 202. Para o auditor da Secretaria do Trabalho Francisco Reginaldo, o processo de desemprego deve continuar em 2020, mas de forma menos acelerada.

"Nós imaginamos que o recuo que houve em maio com a desativação de 532 postos de trabalho e em junho de 202, esse recuo, se você comparar março e abril, deveu-se ao retorno de algumas atividades empresariais, como o varejo, o mercado atacadista, e também pela implementação dos acordos individuais de suspensão e redução do contrato de trabalho", explicou.