Sem sucesso comprovado no combate a covid-19 no país, medicamentos poderão ser incluídos na gama de produtos disponibilizados de forma gratuita ou com desconto de até 90% pelo Programa Farmácia Popular.
De acordo com informações apuradas pelo Estadão, desde o último mês de julho que o Ministério da Saúde vem estudando a possibilidade de distribuir ivermectina 6 mg, azitromicina 500 mg e hidroxicloroquina 400 mg para infectados pelo novo coronavírus.
Embora sem eficácia constatada, os três medicamentos viraram aposta do presidente Jair Bolsonaro no combate ao vírus no Brasil. Desde o início da pandemia até esta terça-feira (1º), ao todo, dois ministros da Saúde (Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich) deixaram a pasta por discordarem de Bolsonaro no que diz respeito à utilização dessas drogas.
Caso seja ratificada a mudança, os extensos volumes de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina adquirido pelo Governo Federal passarão a ser subsidiados pelo Farmácia Popular, que em 2020, possui um orçamento de R$ 2,5 bilhões. Desta forma, a Cloroquina pode ser incluída no programa Farmácia Popular.
Atualmente, a soma é voltada para reembolsar farmácias credenciadas em aproximadamente 80% das cidades do Brasil pela comercialização de 35 medicamentos. Ao todo, são 20 fármacos gratuitos como os de diabete e hipertensão.
Farmácia Popular
As discussões no tocante à inclusão desses três medicamentos no programa vêm acontecendo no mesmo período em que a equipe econômica do governo está estudando a proposta para acabar com o Farmácia Popular no intuito de por em prática o Renda Brasil – programa este que deve substituir o Bolsa Família.
Como revelou o Estadão, a equipe econômica considera o programa do Ministério da Saúde ineficiente por contemplar todas as pessoas, independentemente da renda. De acordo com o levantamento do governo, somente no ano passado, pouco mais de 21,3 milhões de pacientes foram atendidos pelo Farmácia Popular.