Polícia Federal

Operação da PF investiga uso de lotéricas para suposta lavagem de recursos da Codevasf em Petrolina

Ação "Mapa da Mina" foi deflagrada em Pernambuco na quarta

NE10 Interior
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Publicado em 13/11/2020 às 12:51
Divulgação/PF
FOTO: Divulgação/PF

A Polícia Federal desencadeou nessa quarta-feira (11) a Operação "Mapa da Mina" em Pernambuco. O objetivo é apurar o uso de casas lotéricas de propriedade de agentes políticos para lavagem de dinheiro vindos de crimes de desvio de verba pública e corrupção.

De acordo com a polícia, a investigação começou em abril de 2018 com a deflagração da operação "Decimus", identificou que um grupo empresarial comandado por um oficial da Polícia Militar teve um grande crescimento econômico a partir de 2013, acompanhado de contratos com entidades públicas municipais, estaduais e federais, mediante dispensas de licitação suspeitas ou processos licitatórios direcionados.

Ainda segundo a PF, os indícios colhidos na 1ª fase da operação indicam que os agentes políticos investigados atuariam em parceria com o grupo empresarial junto a dirigentes de alguns desses órgãos públicos para direcionar licitações ou sua dispensa em favor de empresas do grupo.

Codevasf

Dentre um dos desdobramentos da investigação, a operação investiga o uso de lotéricas para "lavar" recursos desviados da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Petrolina, no Sertão do estado.

De acordo com o assessor da PF, Giovani Santoro, verificou-se que empresas do grupo investigado foram beneficiadas por irregularidades nas fases de verificação, habilitação e análise de recursos em um pregão realizado pela 3º Superintendência Regional da Codevasf.

O superintedente da Codevasf em Petrolina, Aurivalter Cordeiro, disse que na verdade está ocorrendo um equívoco. "Nós recebemos enm oficialmente nada por escrito de nenhuma instituição dessas. Está havendo um equívoco. Em instante algum se menciona o nome da Codevasf. Não tivemos nem visita e nem fomos notificados", contou em entrevista à Rádio Jornal Petrolina.

Mais sobre a operação

As investigações também apuraram que as firmas beneficiadas com os contratos públicos transferem dinheiro rotineiramente para cinco casas lotéricas dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para viabilizar o processo de lavagem de dinheiro.

*Com informações da PF e da Rádio Jornal Petrolina