Política

Arthur Lira se compromete a seguir a Constituição no processo contra o deputado Daniel Silveira

Políticos de todo o país comentaram a prisão e declarações do deputado.

NE10 Interior
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Publicado em 17/02/2021 às 13:55
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
FOTO: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Após a prisão na noite dessa terça-feira (16) do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que divulgou vídeo com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão do ministro Alexandre de Moraes será votada pelo plenário do STF.  Em seguida, o processo será enviado para a Câmara dos Deputados, que vai decidir se o parlamentar permanecerá detido.

Após a prisão alguns políticos foram às redes sociais para se manifestar sobre a prisão e falas do deputado. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o vice da Casa, Marcelo Ramos (PL-AM), se manifestaram sobre o caso. Ambos pediram tranquilidade e se comprometeram a analisar a situação de Silveira com base na Constituição.

Confira as reações dos políticos 

O senador Humberto Costa (PT-PE) usou o Twitter para comemorar a prisão de Silveira. "Grande dia", escreveu. Já a deputada federal Marília Arraes (PT-PE), disse ser necessário definir "de uma vez por todas" o que é ataque à democracia. "Se veio em forma de ataque a um ministro, a um poder da República, ou ao regime como um todo, não importa", escreveu a parlamentar no Twitter.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticou as afirmações de Silveira, mas também questionou a decisão do STF. Vieira considerou que "não se deve admitir que, a pretexto de combater abusos verbais, se cometa grave abuso judicial". "Mais uma vez Moraes rasga a lei que jurou defender", acrescentou.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) escreveu que "o desfecho do caso do deputado preso servirá de alerta" para o futuro do país. "Democracia não se negocia", concluiu. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que "há um evidente ataque de milícias contra a democracia, que deve ser repelido" e que imunidade parlamentar não sinônimo de impunidade.

A ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) disse torcer "para que outros parlamentares que comandam gabinetes de ódio, mentira e violência, assim como o deputado Daniel Silveira, sejam investigados e punidos". Já o ex-candidato à Presidência da República Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que a prisão do deputado ocorreu tardiamente.

O deputado Carlos Jordy (RJ) chamou o ministro Alexandre de Moraes de "vagabundo". "Espero que o Presidente Arthur Lira haja com postura contra esses ditadores", escreveu ele. A deputada Carla Zambeli (PSL-SP) questionou a prisão do correligionário. "Se houve um mandado, não houve flagrante. Se há flagrante, não há necessidade de mandado", tuitou.