A continuidade do pagamento do auxílio emergencial com regras amplas pode levar a um congelamento dos salários dos servidores públicos federal por 3 anos. A medida é uma alternativa cogitada entre o Executivo e o Congresso para compensar o impacto do benefício nas contas públicas
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As decisões são influenciadas pelo aumento no endividamento do país. A dívida bruta chegou ao fim do ano passado em 89,3% do PIB e deve continuar subindo em 2021. O governo defende ainda um programa com custos mais contidos do que em 2020, em parcelas menores com valores entre R$ 250 e R$ 200.
O valor menor das parcelas é visto como forma de deixar o benefício mais próximo ao valor do Bolsa Família. A visão é que, quanto mais restritivas as regras do auxílio emergencial, menor seria o custo da medida e, portanto, menor a necessidade de medidas compensatórias.
Restrições
A ideia de filtrar os beneficiários do auxílio emergencial, em relação aos recebedores de 2020, é uma grande aposta para manter o custo do programa sob controle. Além disso, a ideia é restringir a duração dos pagamentos por três ou quatro meses, supondo que neste período haverá a vacinação vai avançar e haverá queda no número de hospitalizações.
O Governo estuda focar em público mais específico, acima de 40 milhões, mas menor que os 67 milhões de pessoas do ano passado. O objetivo é fazer uma filtragem e direcionar o programa apenas à população mais pobre.