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MPPE faz denúncia de mãe e madrasta que mataram menina de 2 anos no Alto do Moura, em Caruaru

A criança foi encontrada com sinais de esganadura e queimadura.

NE10 Interior
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Publicado em 15/09/2021 às 12:25
Josival Ricardo/ TV Jornal Interior
FOTO: Josival Ricardo/ TV Jornal Interior

O Ministério Público de Pernambuco abriu um processo de denúncia pela prática de homicídio qualificado e tortura de uma criança de dois anos e 11 meses no Alto do Moura, em Caruaru, no Agreste. A menina foi encontrada morta no dia 6 de setembro e a mãe e a madrasta foram presas apontadas como principais suspeitas do crime.

Gabriela Ramos da Silva, de 22 anos, e Alexsandra Ribeiro da Silva, de 23 anos, foram presas no dia 7 de setembro e a prisão temporária foi decretada pelo prazo de dez dias. O promotor Edeilson Lins, responsável pelo caso, requereu a conversão da prisão temporária em prisão preventiva.

"Havia uma cumplicidade muito grande [entre as suspeitas] tanto nas torturas prévias que foram praticadas como no homicídio, inclusive na fuga. Elas relatam que traficavam drogas e, após o crime, tiveram essa frieza de se dirigir ao bairro Centenário, onde venderam a pedra de crack para conseguir dinheiro", detalhou o promotor. Confira a entrevista completa com o promotor:

Entenda o caso

O corpo de uma criança de dois anos e sete meses foi encontrado na manhã desta segunda no bairro do Alto do Moura. Segundo informações da polícia, no corpo da criança foram encontrados sinais de tortura e a perícia identificou marcas de queimadura e esganadura. 

A polícia acredita que a criança era violentada há mais tempo, pois foram encontradas lesões antigas, já com sinais de cicatrização. A perícia também informou que a menina teria sido torturada por pelo menos cinco horas, no domingo (5). A companheira da mãe da menina chegou a mandar mensagens para a avó da criança informando que ela teria morrido por conta de um engasgamento. 

No dia 6 de setembro, as duas suspeitas foram presas em ação conjunta das polícias de Pernambuco e da Paraíba, na cidade paraibana de Sumé. As duas possuem passagem por outros crimes.