Vem que tem

Terra do Samba de coco, Arcoverde mantém viva tradição centenária

Pisada forte do estilo resiste a gerações e conquista cada vez mais espaço

Antonio Virginio Neto
Antonio Virginio Neto
Publicado em 26/06/2019 às 16:58
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

Durante o mês de junho, o Nordeste inteiro se anima e celebra o forró, ritmo popular da região. Já em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, outra tradição faz a alegria dos habitantes da cidade: o samba de coco, costume carregado pelo município desde antes da fundação.

De acordo Severina Lopes, de família tradicional no samba de coco, tudo começou em 1916. "Quando meus avôs chegaram aqui, não tinha cidade ainda. Era só uma ou duas fazendas e eles colocavam roçado e começavam a cantar aquelas músicas antigas, de coco. Quando meu pai morreu, a minha mãe ficou e Ivo Lopes pegou. Então fizemos o coco junto com Ivo Lopes", explica.

Caracterizado pela pisada forte e ritmo envolvente, o Samba de coco também é cultura. O ritmo une e aquece o coração dos arcoverdenses, além de resistir as gerações e conquistar cada vez mais espaço entre os mais jovens. A paixão pelo estilo une famílias e amigos em uma só batida.

Para o mestre Cícero Gomes, famoso do coco trupé, a arte é para todos. "Para a gente aqui é uma alegria fazer esse trabalho, sempre com a casa de portas abertas. Aqui é como coração de mãe, sempre cabe mais um", comentou.

A batida forte dos tambores do samba de coco embala também muitos corações, que mantém viva uma tradição centenária às portas do Sertão Pernambucano.

Acompanhe no especial "Vem que tem", da TV Jornal Interior: