O corredor Paulo André virou assunto nas redes sociais após distribuir apelidos aos seus aliados no "BBB 22". O atleta está chamando os confinados pelo nome ao contrário, como, por exemplo, Arthur que passou a ser chamado de "Thurar" pelo colega.
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Os fãs do programa questionaram o motivo da brincadeira, e muitos apontaram suposições para os apelidos.
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Mas, afinal, como a brincadeira começou?
De acordo com Tiago Medeiros, historiador e membro participante do curso de educação das relações étnico raciais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), historicamente o dialeto foi desenvolvido nos anos 1960 para driblar a ditadura militar.
"As palavras invertidas fazem parte do 'Gualín do TTK', praticado no Palácio do Catete que abrigou governantes como Getúlio Vargas, por exemplo, localizado no bairro do Catete no Rio de Janeiro", informou em entrevista ao Splash.
Medeiros disse que o dialeto é mantido até os dias atuais no bairro carioca. Há também uma música de Felipe Ret e outros rappers intitulada "Tributo ao TTK" que também exemplifica essa prática.
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Paulo André já demonstrou ser adepto ao rap e, a partir daí, encontra-se a relação dele com o trabalho do rapper.
"As gírias de jargões são fortes elementos de identidade e geram sentimento de pertença e afeto. O 'P.A' sugere mais um elemento dialético de afeto. Quando ele se refere a algumas pessoas assim, podemos ver o sentimento de pertencimento dele para com essas pessoas", explicou o historiador.
"Não temos como afirmar que o Paulo André tenha total convicção das origens dessa forma de se referir, mas ele sendo um admirador do rap certamente se banhou nas referências do TTK para se comunicar com os seus aliados no programa", finalizou.
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