Banda de Pífanos

Sebastião Biano comemora 100 anos com apresentação em Caruaru

Biano é o único integrante vivo da original Banda de Pífanos da Capital do Forró

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 18/06/2019 às 15:20
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O mestre do pífano Sebastião Biano, um dos homenageados do São João de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, comemora 100 anos em 2019. Nascido em Mata Grande, no sertão de Alagoas, Biano é o único integrante vivo da original Banda de Pífanos da Capital do Forró. Ele mora em São Paulo desde 1979 e volta a Caruaru para comemorar o Centenário.

Sebastião Biano faz show no dia do aniversário, 23 de junho, véspera de São João. Biano participa ainda, no dia 20 de junho, da exibição do documentário "Pipoca Moderna", que apresenta a vida e obra do mestre pifeiro. A exibição será no Polo do Repente. O longa-metragem é dirigido por Helder Lopes e realizado pela Luni Produções, com o apoio do Estúdio Carranca. Esta será a primeira vez que o documentário será exibido em Pernambuco.

Entre os sucessos de Sebastião Biano estão "Pipoca Moderna", composição do grupo que foi regravada por Gilberto Gil no disco "Expresso 2222" (1972) e por Caetano Veloso em "Jóia" (1975). As canções são consideradas influências do Tropicalismo.

História

Sebastião Biano aprendeu a tocar pífano aos cinco anos, quando o pai dele criou a banda que gravaria diversos discos a partir dos anos 1970, e tocou para Lampião quando ainda era criança. O grupo, que também contava com a presença dos irmãos de Biano, fabricava os próprios instrumentos e tocou em novenas até se estabelecer, em 1939, em Caruaru.

Pipoca Moderna (2019) – Sinopse

O Mestre Centenário Sebastião Biano, fundador da Banda de Pífanos de Caruaru, volta à cidade que o projetou como grande influenciador da tropicália e um dos principais ícones da cultua popular no Brasil. Na viagem, Sebastião, que vive em São Paulo desde os anos 70, revê familiares, participa de eventos públicos, faz espetáculos e depara-se com uma virtuosa banda de jazz – oportunidade em que revisita algumas de suas principais composições e improvisa livremente ao lado de instrumentos da nova geração.