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O setor vitivinícola brasileiro cresceu 66,75% em valor no primeiro semestre de 2019, com relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as vinícolas negociaram US$ 6.077.680,00 de janeiro a junho deste ano. Em volume, o incremento foi ainda maior: foram exportados 3.119.109 litros, um acréscimo de 95,78%, se comparado ao ano anterior.
No ranking dos cinco principais destinos dos vinhos brasileiros estão Paraguai, Estados Unidos, China, Rússia e Colômbia. Segundo as estatísticas do Comex Stat, levando em conta os últimos cinco anos, a variação das exportações de vinhos tranquilos e espumantes de janeiro a junho de 2019 em relação ao mesmo período de 2015 foi de 370% em volume e de 120% em valor.
De acordo com o sommelier e produtor de vinhos José Figueiredo, a produção no Vale do São Francisco, que inclui Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), é hoje responsável por 15% do abastecimento do mercado interno nacional. "Hoje ganhamos prêmios nos maiores certames internacionais, o que faz com que os olhos de diferentes nações consumidoras de vinhos olhem para o Brasil", destaca.
Acordo entre Mercosul e União Europeia
Figueiredo acredita que as exportações ficarão ainda mais significativas a partir do acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia, daqui a dois ou três anos. Os nomes mais representativos são o grupo Miolo, que tem um braço no Vale do São Francisco em Casa Nova (BA), e o Wine Group, que representa a vinícola de Lagoa Grande.
"O Vale do São Francisco está chegando muito além do Oceano Atlântico, muito além de outros mares. Está chegando em diferentes e exigentes mercados nacionais e internacionais, nas mais diferentes taças colocadas sob mesas de reis e rainha que acabam conhecendo nosso vinho, se encantando e percebendo com que qualidade o Vale do São Francisco produz vinhos no Brasil", avalia o sommelier.