Museu Memórias Vivas abre as portas em Belo Jardim com exposição ‘Extraordinário Cotidiano’

Situado no antigo prédio da Fábrica Mariola, o museu se propõe a ser um elo entre o passado e o presente de Belo Jardim. Veja mais!

Publicado em 26/02/2025 às 18:27
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A partir de 26 de fevereiro, o Museu Memórias Vivas, em Belo Jardim, abre suas portas com a exposição fotográfica “Extraordinário Cotidiano”, da talentosa fotógrafa Thalita Rodrigues.

A mostra, composta por 73 imagens, oferece um olhar sensível sobre a cidade, desde suas antigas fábricas e bandas centenárias até os gestos diários dos trabalhadores, artesãos e inventores que moldam sua identidade.

Esta é uma homenagem à cidade e ao seu povo, com o patrocínio do Grupo Moura, via Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

Situado no antigo prédio da Fábrica Mariola, o museu se propõe a ser um elo entre o passado e o presente de Belo Jardim.

A exposição de Thalita Rodrigues vai além dos marcos históricos e econômicos, convidando o visitante a explorar os rostos, sons e movimentos cotidianos da cidade.

A fotógrafa, natural de Recife e residente em Surubim, frequenta Belo Jardim desde 2013 e, ao longo dos anos, estabeleceu um vínculo profundo com a cidade e suas histórias. As imagens, com um olhar intimista, destacam a Filarmônica São Sebastião, o Maracatu Boi da Gente e as artesãs do Sítio Rodrigues, revelando as tradições e a cultura local.

"Para fotografar uma cidade, é preciso mergulhar em seu cotidiano, ouvir suas ruas e sentir seus silêncios. Só assim, ela se revela de forma genuína", afirma Thalita.

A exposição também celebra a força silenciosa das pessoas que, com suas mãos e gestos, transformam a cidade. "Belo Jardim é uma cidade de realizações, não apenas de talentos. São as pessoas que, com seus pequenos gestos, moldam a cidade e projetam o futuro", explica a fotógrafa.

O Museu Memórias Vivas: um espaço de memória e futuro

O Museu Memórias Vivas não é apenas um local de exposições, mas um verdadeiro santuário da memória local. O edifício, que foi sede da Fábrica Mariola, carrega a história de uma indústria que, por mais de 50 anos, fez parte da vida econômica e afetiva da cidade.

Fundada em 1915, a fábrica de doces, sob a liderança de Jorge Aleixo da Cunha e Quitéria Batista de Lima, cresceu a partir de receitas caseiras e se consolidou como um símbolo de resistência e empreendedorismo.

Ao adentrar o museu, o visitante é imerso nesse passado através de fotos históricas e réplicas em 3D dos antigos maquinários, recriando a atmosfera de produção que marcou uma geração.

"Nosso objetivo é preservar e reinterpretar o legado da Mariola, trazendo à tona as histórias e o impacto duradouro dessa tradição", comenta George Pereira, curador do Museu Memórias Vivas.

No final da visita, o Cineteatro Cultura receberá os visitantes com a exibição de um curta-metragem que faz a ponte entre o passado e os desafios do presente, seguido de um momento de reflexão e troca de experiências.

Acessibilidade e inclusão

O Museu Memórias Vivas foi projetado para ser um espaço inclusivo, com rampas de acesso, plataforma elevatória, banheiros adaptados e sinalização adequada.

Miniaturas em 3D e QR codes com audiodescrição são algumas das ferramentas criadas para garantir que todos, inclusive pessoas com deficiência visual e auditiva, possam aproveitar a visita.

Além disso, o museu contará com intérpretes de Libras e monitores treinados para auxiliar visitantes com deficiência auditiva ou necessidades especiais.

"A acessibilidade é fundamental para nós. Queremos que todos, independentemente de suas necessidades, se sintam parte da história que estamos contando", reforça George.

Arte-educação como pilar

Mais do que um museu de exposições, o Memórias Vivas se posiciona como um centro de arte-educação. O museu está integrado ao Instituto Conceição Moura e será um ponto de apoio para diversas atividades educativas, que vão de oficinas de arte a práticas interativas com robótica e teatro.

Além disso, filmes e documentários serão exibidos em uma sala de cinema equipada, promovendo a educação de maneira criativa e acessível.

Taciana Moura, presidente do Instituto Conceição Moura, destaca: "Este museu é uma conquista para toda a comunidade, um espaço de aprendizado e inspiração para jovens e educadores, que poderão explorar o legado cultural do Agreste enquanto se conectam com novas formas de expressão."

O legado cultural

O Museu Memórias Vivas tem como missão fortalecer a identidade cultural de Belo Jardim e promover o desenvolvimento artístico e educativo da região.

Com uma programação gratuita, o museu visa ser um ponto de encontro entre passado, presente e futuro, sendo um importante centro cultural e de arte-educação.

Com uma meta de receber 9 mil visitantes entre 2025 e 2026, o museu pretende se consolidar como uma referência em arte e preservação da memória do Agreste.

"Queremos que o Museu Memórias Vivas seja um espaço vivo, onde as pessoas possam se conectar com a história, com as tradições e com as histórias que constroem a identidade da nossa região", conclui Taciana Moura.

Serviço

  • Museu Memórias Vivas
  • Endereço: Rua Marechal Deodoro, 45, Centro de Belo Jardim
  • Funcionamento: Terça a domingo, das 9h às 20h
  • Entrada gratuita
  • Inauguração: 26 de fevereiro
  • Agendamentos: (81) 97314-6655

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