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A escolha da profissão nem sempre é para a vida inteira

Isabelle Figueirôa
Isabelle Figueirôa
Publicado em 10/09/2015 às 11:17
Alunos do Colégio Vera Cruz participaram de conversa com engenheiro que abandonou carreira para ser consultor em sustentabilidade
Alunos do Colégio Vera Cruz participaram de conversa com engenheiro que abandonou carreira para ser consultor em sustentabilidade

Imagem do bate-papo. Foto: Isabelle Figueirôa/ NE10 Alunos do Vera Cruz participaram de conversa com engenheiro que abandonou carreira para ser consultor em sustentabilidade

Um garoto de 11 anos é obrigado pelo pai a treinar boxe. Mas ele fica fascinado com a magia do balé e, com ajuda da professora, resolve pendurar as luvas de boxe e se dedicar às sapatilhas, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade do pai e do irmão.

A história de Billy Elliot foi contada no filme homônimo pelo diretor Stephen Daldry e pode ser inspiradora para muitos alunos do 3º ano que estão num momento de decisões sobre o futuro. A moral da história é basicamente essa: identifique suas qualidades e siga seus sonhos.

É comum encontrar adolescentes com receio de escolher um curso e não se identificar com ele, de optar por uma carreira e mais tarde se arrepender, de seguir a opinião de adultos e se frustrar com o mercado.

Para ajudar alunos do Colégio Vera Cruz, o engenheiro civil por formação e consultor em negócios sociais por vocação, Júlio Lêdo, contou um pouco sobre sua história e decisões profissionais.

Dispostos em círculo e sentados no chão, dezenas de rostos ansiosos prestaram atenção na experiência de vida de Júlio Lêdo. "Se eu tivesse ficado na engenharia, provavelmente teria mais grana, mas seria infeliz", contou aos adolescentes.

Ele cursou cinco anos de engenharia na Universidade de Pernambuco (UPE), atuou seis meses na área, mas decidiu largar tudo e enfrentar a família para fazer o que gostava. Hoje é consultor do Sebrae, Chesf, Neoenergia e Bovespa nas áreas de desenvolvimento territorial, negócios sociais e sustentabilidade.

"Procure desenvolver atividades que muito mais que dinheiro tragam felicidade, porque dinheiro chega se você se dedica e você só se dedica a alguma coisa de que gosta", reforçou, citando o caso de Billy Elliot (guardando as devidas proporções e situações).

Júlio Lêdo encerrou o bate-papo incentivando os jovens a pensarem sobre suas vidas. "Se deem ao trabalho de questionar: quem sou eu? do que eu gosto? quais meus pontos fortes e fracos? por que estou escolhendo esse curso? quais as oportunidades e ameaças desse curso? estou disposto a enfrentá-las? como me imagino daqui a alguns anos?".