Palmares, Água Preta e Barreiros, na Zona da Mata Sul, enfrentam mais uma noite sem água e às escuras. As cidades foram as mais atingidas pela cheia do rio Una, na última sexta-feira (18).
Sem água encanada e energia elétrica, os moradores fazem uma vigília com lanternas, cadeeiros e velas, para tentar recuperar o que ainda restou do desastre.
No Centro e bairros periféricos de Palmares, as pessoas ficam nas portas das casas para evitar a ação dos saqueadores. Muitas famílias enfrentam a lama, para procurar por colchões e até alimentos, que possam ser reaproveitado.
Os comerciantes das áreas atingidas contrataram segurança particular para evitar o roubo nas lojas destruídas pela força das águas do Una.
O cenário em Gravatá é de devastação. O único lugar na cidade, que não foi atingido é o bairro da Cohab II, já que fica localizado na parte alta do município.
No município de Água preta a situação é a mesma. Os moradores também continuam sem água e energia elétrica, desde sexta (18).
“Em Água Preta, a solução é a lanterna, candeeiro ou velas. Quanto à água, a solução para os moradores é esperar a ajuda do Exército que, aos poucos, vai trazendo mantimentos, água e alimentos para os desabrigados do município”, disse a jornalista Juliana Costa.
E em Barreiros o cenário da tragédia se perpetua, ao menos, na cabeça de centenas de famílias que ficaram sem ter onde morar.
O nível do Rio Una já baixou, agora já é possível ver muita lama e lixo espalhados por todo o município. Ainda não há números de mortes e desaparecidos.
No momento, tratores e caminhões fazem o trabalho de limpeza com o auxílio de moradores, comerciantes e voluntários que saíram de outras cidades para ajudar no trabalho de limpeza do município.