PEDOFILIA

Homens presos por violentar 10 garotos no Agreste

do Jornal do Commercio
do Jornal do Commercio
Publicado em 01/07/2010 às 7:34

A polícia prendeu quatro homens acusados de formar quadrilha de pedófilos que atuava no Agreste. Os suspeitos teriam abusado sexualmente de dez meninos com idades entre 8 e 14 anos, durante uma festa religiosa que aconteceu há dois meses no município de Águas Belas. Um professor municipal também teve prisão preventiva decretada, mas está foragido.

De acordo com a polícia, o crime aconteceu no povoado de Campo Grande. “Eles ofereciam bebidas e davam presentes aos menores e abusavam sexualmente deles. Tudo indica, eles praticavam esse tipo de crime há mais tempo”, disse o delegado de Iati, onde os acusados moram e foram presos, Alisson Câmara.

Segundo ele, as denúncias são de parentes das vítimas, que procuraram o Conselho Tutelar de Águas Belas. Depois das investigações, foram expedidos cinco mandados de prisão. Os presos são o auxiliar de enfermagem Paulo Carvalho, 33 anos, o vendedor Fernando Pereira, 20, e os desempregados José Dias, 36, e Averaldo Ferreira de Carvalho, 34. Um professor da rede municipal de Iati, conhecido como Vandeildo, teve prisão decretada, mas não foi localizado pela polícia.

A presidente do Conselho Tutelar de Águas Belas, Severina Tereza de Barros, contou que o crime foi descoberto depois que um dos garotos entrou em depressão e chegou a ser atendido no hospital da cidade. “Ele precisou de acompanhamento psicológico e acabou contando o que aconteceu. Disse também que outras crianças foram vítimas, e encaminhamos o caso à polícia.”

As vítimas contaram que os abusos aconteceram no meio do mato no distrito onde houve a festa, que durou dois dias. “Eles chamaram os meninos e abusaram de cada um. Precisamos acompanhar o caso para evitar mais danos psicológicos”, destacou a presidente do Conselho Tutelar.

O delegado Alisson Câmara afirmou que há informações de que o grupo já praticava esse tipo de crime em outras cidades da região. Ele espera que com a prisão dos acusados mais vítimas possam aparecer para prestar queixa.

Os acusados foram autuados por estupro de vulneráveis e estão na cadeia pública de Garanhuns. Se condenados, podem cumprir penas que variam de oito a 12 anos de detenção.