Nem mesmo a prefeitura de Caruaru sabe o que fazer com a Feira da Sulanca

Por Dilson Oliveira
Por Dilson Oliveira
Publicado em 07/07/2010 às 12:51

A tradicional Feira da Sulanca de Caruaru parece não ter mesmo jeito. Seus problemas e polêmicas não deixarão nunca de existir. O grande problema, não é apenas os sulanqueiros que não sabem o que quer, e sim, a prefeitura que deixa claro que está indo no mesmo caminho.

Um dia, a feira começa às 3h da madrugada da terça-feira, noutras épocas, à meia noite, depois antecipam para as 22h da segunda-feira, agradando a alguns e desagradando a outros, e por aí vai esse “samba do crioulo doido”.

Isso gerou muita confusão, bate-boca, desmentidos entre o prefeito e o então secretário...

No começo do atual governo José Queiroz, a polêmica era a retirada da Feira da Sulanca do Parque 18 de Maio, para uma área fora do centro da cidade. Isso gerou muita confusão, bate-boca, desmentidos entre o prefeito e o então secretário da pasta que cuidava desta área, até que colocaram o pé no freio e amenizaram a polêmica com a transferência dos sulanqueiros, tidos como invasores para a área da antiga Fundac.

Pensava-se que aí, todos os problemas estariam resolvidos, mas nem tudo foi flores. O trânsito na área melhorou, mas vieram os problemas de falta de infraestrutura do novo local, insegurança, cobranças de taxas abusivas, mas mesmo assim, o pessoal ta lá.

Agora, mudam de novo o horário da feira, autorizando o início a partir das 22h das segundas, sob a alegação de que pesquisas indicam que esse é o melhor horário.

Foi só a notícia ser divulgada, para a polêmica começar de novo. É sulanqueiro reclamando, é lojista reclamando, e do outro lado, a prefeitura achando que está abafando e agradando.

Pelo que já acompanhei sobre todas as polêmicas envolvendo a nossa importantíssima Feira da Sulanca, “seus problemas não acabaram” e prometem uma nova quebra de braço entre todas as partes envolvidas.

O problema maior é que a prefeitura já fez tanta pesquisa, e a maioria dos sulanqueiros afirmam taxativamente que não foram ouvidos e que essas pesquisas têm sua credibilidade colocada em dúvida.

A prefeitura e os sulanqueiros têm que entender que nas feiras do mês de julho, o movimento tende naturalmente a diminuir, e consequentemente, o faturamento. Com isso ainda é, como sempre foi, prematuro dizer qual o melhor horário para a Sulanca, uma vez que, muitos interesses estão em jogo.

Que a prefeitura descubra verdadeiramente o que quer fazer, e os sulanqueiros e lojistas que encontrem o melhor caminho para aumentar suas vendas e seu faturamento, beneficiando também outros segmentos envolvidos.

E só para finalizar, uma pergunta fica no ar: os projetos de mudança do local, ou de reestruturação da feira, foram embora com o ex-secretário José Carlos Menezes, ou continuam de pé, como antigamente?

Quem souber me responder, me mande a resposta por favor...