ARTE

Bonequinhas da sorte produzidas em Gravatá conquistam o mundo

Pablo Esteves
Pablo Esteves
Publicado em 10/07/2010 às 7:58

Pequenos objetos, com pouco mais de 1 cm, mas que agregam grande simbologia. Quem compra as pequenas bonecas de pano produzidas em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, espera mais do que adquirir um elemento de decoração. Elas são, sim, consideradas um amuleto.

As bonecas da sorte são uma marca do artesanato da cidade e se tornaram o principal objeto comprado como lembrancinha por quem visita o município. Produzidas em larga escala, mas de maneira artesanal, as bonequinhas geram renda para várias famílias, sendo até produto de exportação.

\"A criadora das bonecas da sorte foi uma artesã daqui, chamada Milza, que deu início à produção há mais de 20 anos. Ela criou as miniaturas utilizando sobras de tecidos. Quando começou a dar certo, ela ministrou um curso para mulheres interessadas em confeccionar as lembrancinhas”, explicou a artesã Vilma da Silva.

Hoje, a produção das bonecas fica a cargo da ONG Casa da Mulher, que conta com seis núcleos espalhados pela cidade, cada um deles com cerca de 20 associadas.

A produção passa por um rigoroso critério de qualidade para que sejam mantidas as características do produto, que deve ter no máximo 1,5 cm. As bonequinhas da sorte são revendidas em grande quantidade para os estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

“As bonecas da sorte também são produtos de exportação. Já vendemos para vários países como Holanda e Alemanha, por exemplo”, ressalta Vilma.

Em Gravatá, as bonecas podem ser compradas na Casa da Mulher, Estação do Artesão e Ciclo Operário.