Mano Menezes e a batata quente que pode virar purê

Por Eliaquim Oliveira
Por Eliaquim Oliveira
Publicado em 26/07/2010 às 9:37

A escolha do novo técnico da Seleção Brasileira foi um retrato puro da falta de comunicação dos dirigentes de nosso futebol. Na manhã da última sexta-feira (23), o presidente da CBF Ricardo Teixeira se reuniu com Muricy Ramalho para convidá-lo a assumir a canarinha.

O mandatário do esporte mais popular do país não esperou a confirmação do treinador e já o anunciou como novo comandante. À tarde a diretoria do Fluminense, atual clube de Muricy, informou que não o liberaria. A CBF teve que recorrer a um plano B: Mano Menezes do Corinthians.

Todo este papel poderia ter sido evitado se a CBF entrasse em contato antes com os técnicos e clubes envolvidos na escolha. Não custava cogitar com os clubes se o treinador A ou B poderia ser liberado para assumir a seleção.

Fica feio para nós tudo isso. Receber um “não” para ser técnico do Brasil é algo que repercute, e nada legal. É o mesmo que ir a um restaurante e ser oferecido como cortesia o melhor prato da casa e o cliente optar por apenas uma porção de torradas.

Enfim, Mano Menezes será o homem responsável por remontar a Seleção visando a Copa de 2014. Não será uma tarefa fácil, na verdade, uma grande batata quente que esperemos não virar purê.

São muitas as opções de jogadores para a tão pedida renovação no elenco da amarelinha, mas é preciso analisar bem para levar ao pé da letra a palavra Selecionar, escolher os melhores e não aqueles que forem fiéis à metodologia do professor. Aliás, por falar em metodologia de treinador, que o Mano seja mais “mano” da imprensa e não arrume briga à toa como seu antecessor.