No Vale as gráficas rápidas têm aumentado sua margem de lucro devido à grande procura dos candidatos para a produção de seu material de divulgação, como santinhos, panfletos, cartazes e praguinhas.
Para a gerente da gráfica D’Victor, em Juazeiro, Sonia Maria Araújo, o aumento na demanda nesse período supera em 80% o mesmo período do ano passado. Ela conta que já esperava por este crescimento.
“Começamos a nos preparar cedo, mesmo antes do período eleitoral, porque já sabemos que os candidatos querem o material com urgência, é por isso que deixamos os funcionários temporários de sobreaviso, elaboramos as escalas de hora extra, tudo para não tumultuar a vida daqueles que já são nossos clientes efetivos”, afirma.
Para atender o crescimento da demanda, as empresas aumentam as contratações. Na gráfica D’Victor, o quadro de funcionários quase duplicou. De 12, subiu para aproximadamente 20 trabalhadores.
Em Petrolina, a preocupação dos proprietários de gráficas é com a mão de obra. “Nesse período a empresa passa por muitas mudanças, devido à concentração de trabalhos específicos, em que se exige mais de determinados setores da gráfica”, explica o gerente da gráfica Franciscana, Rozzanno Antonio C. R. de Figueiredo. Mas, o empresário sofre com a escassez de trabalhadores especializados para atuar nesses setores.
“A falta de mão de obra com tal habilidade faz com que muitas vezes tenhamos que importar colaboradores de outros Estados e cidades”, frisa Figueiredo, que estima para este ano um aumento de 50% nos lucro da empresa entre agosto até o fim do período eleitoral.
Além de ser uma fase em que todos ganham – desde os funcionários até fornecedores de papel e tinta – os empresários constatam que esse é um dos momentos em que as empresas conquistam maior capital para investimento na própria gráfica, aumentando o movimento da cadeia produtiva local.