CULTURA

Orquestra festeja 100 anos de Petrolina

Juciana Cavalcante
Juciana Cavalcante
Publicado em 20/09/2010 às 14:02

Quando Petrolina debutava com uma população ainda pequena, ganhou um presente que até hoje sobrevive: a Sociedade e Philarmônica 21 de Setembro. Segundo seu diretor presidente Joaquim Florêncio, a orquestra surgiu com o intuito de servir como ponto de diversão e atração para a comunidade petrolinense.

Aos 100 anos, a instituição que já passou por inúmeros problemas estruturais e, mesmo assim, chega a 2010 com a força de uma jovem senhora. Estão previstas várias atividades comemorativas que só se encerram ao final do ano. As festividades começaram com o lançamento do selo pelos Correios para marcar o aniversário, celebrado quando Petrolina também comemora seus 115 anos.

O estandarte de 100 anos vai ganhar parceria com um novo, de 2010, ainda em confecção. E enquanto o aniversário não chega, a programação não deixa ninguém esquecer a data. Ontem, dia 18 foi realizado um baile.

No dia 21, como reza a tradição, a banda sairá às 5h da manhã pelas ruas da cidade, iniciando a festa de aniversário de Petrolina e participará do desfile que reunirá escolas municipais, militares e civis., Em outubro acontece a festa dos sócios e amigo. Haverá também lançamento do CD da Filarmônica, com a participação do cantor e compositor Geraldo Azevedo, ainda sem data previstaEm novembro, será a festa da Jovem Guarda e dezembro, o Réveillon.

Para comemorar o centenário uma força tarefa foi realizada desde o ano passado para recuperar a memória do clube, através da recuperação de três mil partituras de 1910.“Todo dia 21 de setembro, a Phliarmônica sai pela cidade tocando músicas que nos fazem reviver momentos bucólicos, românticos, tempos antigos. São músicas interessantes e devem ser conservadas”, defende Florêncio, um dos cerca de 30 presidentes que já administraram o clube.

A Sociedade 21 de Setembro e a Philarmônica 21 de setembro foram criadas em 1910, quando a cidade tinha cerca de 2 mil habitantes, a partir da ideia de Juvêncio Coelho Pombo e seu filho Cícero Pombo, músico da então Banda Marcial de Juazeiro. A orquestra conta atualmente com 25 músicos unidos pelo tempo, pois há desde adolescentes a sexagenários.

O clube já foi sede para igreja e biblioteca municipal. Ao passar por dificuldades financeiras, a Sociedade fechou as portas por alguns anos, da última vez, em 2003 falava-se em doação do prédio. Hoje, sob nova gestão, composta por 60 sócios, sobrevive essencialmente do aluguel de imóveis pertencentes a ela.