ECONOMIA

Produtores de flores lucram no Dia de Finados

Pedro Romero
Pedro Romero
Publicado em 25/10/2010 às 12:00

Produtores e comerciantes de flores se preparam para faturar alto com a proximidade do Dia de Finados, data que aquece a economia do setor. Um dos centros de cultivo é Gravatá, que possui mais de 200 produtores.

O município, considerado o segundo maior produtor de flores temperadas do Nordeste, duplica as vendas nesta época do ano. Parte dessa produção vai parar na Feira de Caruaru, onde os comerciantes também esperam boas vendas.

De acordo com a Prefeitura de Gravatá, a produção de flores no município gera cerca de dois mil empregos diretos e indiretos. O cultivo é beneficiado principalmente pelo clima ameno e água de boa qualidade para a irrigação.

Nesta época do ano, as espécies mais procuradas são as rosas e crisântemos, mas na cidade também são cultivadas gérberas, gladíolos, tango e alguns tipos de folhagens. A produção atende também Estados vizinhos como Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. “Eu revendo flores para Maceió, Sergipe, Bahia, Ceará e Paraíba”, diz o empresário Josenildo Francisco.

A cultura já avançou muito e hoje muitos agricultores utilizam tecnologia de ponta para garantir qualidade do produto e competitividade no mercado. Josenildo Francisco, por exemplo, instalou duas câmaras de refrigeração que simulam a temperatura das estufas naturais. O equipamento garante uma sobrevida das flores, sem que elas percam beleza.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Gravatá, Aarão Lins, apenas o Dia das Mães e dos Namorados se comparam a Finados, em termos de demanda. “Nessa época a gente trabalha dobrado, mas não pode faltar flor”, diz o agricultor Manuel José da Silva, morador do Sítio Olho D’Água. Seu Manuel começou a plantar flores há cerca de 20 anos, trabalhando em plantações de outras pessoas. Há oito tem seu próprio negócio.

Outro município que se destaca na produção de flores é Bonito, famoso também por suas cachoeiras. O cultivo é feito principalmente numa colônia de japoneses que vivem na cidade. O plantio abrange uma área de 850 hectares, em mais de 300 estufas, e se destaca pela grande produtividade. Entre as espécies cultivadas estão rosas e crisântemos. Os agricultores também produzem hortaliças e frutas. Além da região, os produtores abastecem o Recife e municípios de outros Estados.