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Ex-bombeiro acusado de matar engenheira vai a júri popular nesta segunda

Do JC Online
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Publicado em 19/12/2010 às 18:50

Vai ser realizado na manhã desta segunda-feira (20), no Fórum de Sirinhaém, na Zona da Mata do Estado, o julgamento do ex-bombeiro Alan José Carneiro de Holanda Filho, um dos acusados de estuprar e assassinar a engenheira química Maria Carolina Diniz em janeiro de 2002. O julgamento, que será feito através de júri popular, vai começar às 9h e deve seguir até quarta-feira (22).

Cinco testemunhas serão ouvidas, sendo uma de acusação e quatro de defesa. Por parte da acusação, foi convocada a moradora de Sirinhaém Evânia Freire da Silva, que afirmou ter escutado o caseiro Genivaldo José dos Santos, o primeiro acusado do crime a ser julgado, em 2007, falar sobre o crime. Evânia já testemunhou no julgamento de Genivaldo, que foi condenado a 18 anos e 10 meses de prisão.

Já a defesa chamou quatro testemunhas: a esposa do ex-bombeiro, Guiomar da Costa Pereira; dois capitães da corporação que na época trabalhavam com Alan, Francisco Andrei e Aurenido Augusto; e Juliana Rodrigues, irmã do contador Marcelo Rodrigues Barreto, proprietário da casa onde Maria Carolina estava hospedada em Sirinhaém. O contador está foragido.

A acusação deve apresentar como provas a simulação do crime e uma acareação entre os três acusados, ambas feitas pela Polícia Civil, além de resultados de perícias. Será exibido ainda um episódio do extinto programa Linha Direta, da Rede Globo, que relatou a história. Já o advogado de defesa de Alan, João Vieira Neto, não deu detalhes sobre como como será sua atuação no julgamento.

A defesa solicitou que a análise dos fatos fosse feita a portas fechadas, com a alegação de preservar a identidade dos jurados e a imagem do acusado. O juiz Luiz Mário Miranda acatou o pedido, acrescentando que também irá resguardar a imagem da vítima, já que serão expostas fotos e laudos do corpo da engenheira. Com a determinação, ficam proibidos os registros em foto e vídeo. No entanto, a imprensa poderá acompanhar as sessões.

No plenário, foram reservados sete lugares para familiares da engenheira e outros sete para a família do ex-bombeiro. A família da engenheira deve sair às 6h da casa da mãe da vítima, Maria da Conceição Diniz, no bairro do Derby, no Recife. Cerca de 50 pessoas, entre familiares e amigos, vão acompanhar o julgamento.