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Comporta da Barragem de Carpina é aberta para liberar águas retidas

Do NE10
Do NE10
Publicado em 05/05/2011 às 13:17 | Atualizado em 08/11/2022 às 15:54

O volume da Barragem de Carpina, cuja capacidade é 121 milhões de metros cúbicos (m³), já chega aos 115 milhões. Por isso duas das quatro de suas comportas foram abertas, para dar vazão a 7 milhões de m³ de água, diminuindo, assim, as chances de que o Rio Capibaribe transborde e evitando que o número de vítimas da chuvas seja ainda maior.

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A abertura das barragens, no entanto, causa alagamento nas comunidades ribeirinhas, como é o caso da Vila Arraes e a Vila Padre Henrique, ambas no bairro da Várzea, no Recife, que amanheceram inundadas. Vários moradores tiveram suas casas invadidas e algumas residências chegaram a ser levadas pela correnteza.

Caso as chuvas sejam intensas e em grande volume, fica difícil conter o risco de tranbordamento, o que atingiria várias cidades, principalmente Paudalho, Recife e São Lourenço da Mata.

Os prefeitos dos municípios foram alertados diretamente pelo Governador Eduardo Campos, que antes, juntamente ao secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Bosco, sobrevoou de helicóptero as áreas críticas junto ao leito do rio.

Confira a entrevista do TV Jornal Meio-Dia desta quinta-feira (5) com o secretáriso de Recursos Hídricos, João Bosco.

O secretário esclareceu o boato de que algumas barragens da Compesa seriam sido abertas para o escoamento da água das chuvas. De acordo com Bosco, as únicas barragens que passam por esse procedimentos são as que foram construída única e exclusivamente para receber água das chuvas, como é o caso de Carpina.

Além dessa, as barragens de Goitá (em Glória do Goitá), Tapacurá (em São Lourenço da Mata) e Jucazinho (entre Toritama e Surubim) fazem parte do sistema de controle de cheias da Região Metropolitana do Recife e são utilizadas também para o abastecimento da população.

Com o procedimento de abertura das comportas das barragens, a tendência é que o nível dos rios suba um pouco. O secretário, porém, destacou que tudo está sob controle e o procedimento é feito de maneira planejada e gradativa. A Secretaria estima que os rios devem permanecer cheios ainda por cinco ou dez dias, tempo médio necessário para que voltem ao níveis habituais.