Um grito que estava engasgado há seis anos. De 2005 para cá o torcedor coral passou por maus bocados. Viu o time passar por uma série incrível de rebaixamentos e despencar para a Série D, bem longe da elite do futebol do país.
Neste mesmo período o tricolor foi alvo de inúmeras gozações dos adversários, mas nem assim abandonou o time. Mesmo disputando a 4ª divisão nacional ele, o torcedor, foi responsável por dar ao Santa Cruz a maior média de público de todo o Brasil. É a promessa de casamento feita no altar: ''Na alegria ou na tristeza''.
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No último domingo (15), não foi diferente. Mais de 60 mil encheram o mundão do Arruda para ver o Santinha levantar uma taça novamente. Um alento para quem estava acostumado a sofrer tanto.
A conquista do Estadual foi mais do que justa para o time que se manteve nas primeiras posições durante toda a competição. Foi o mais regular e mereceu a taça. Alheio às disputas entre Náutico, que queria evitar o Hexa rubro-negro, e Sport, que estava doido para igualar a marca alvirrubra, o Santa ia mostrando sua garra.
Com folha salarial bem inferior aos rivais os corais apostaram na prata da casa. E deu certo! Não tinha nenhum craque, nenhuma estrela que fizesse a diferença. O segredo do tricolor foi o conjunto, regido pelo maestro Zé Teodoro.
Mas é preciso abrir o olho, tricolor. Que este título seja comemorado com todo o seu merecimento, mas que não desvie o principal objetivo do Santa para o ano: subir de divisão nacional.
A torcida do timbu também comemorou muito o título coral. Ver o Leão fracassar mais uma vez na tentativa de igualar o ''luxuoso hexa'' foi o mesmo que levantar a taça.
O foco agora para alvirrubros e rubro-negros é a Série B, que já começa no próximo fim de semana. Ambos têm que começar bem a competição para voltarem ao lugar de onde nunca deveriam ter saído. E é bom ficarem lá aguardando o Santinha, porque se depender do apoio do torcedor, a cobra vai engolir muita gente ainda!