A Câmara Municipal de Caruaru viveu nos últimos cinco anos o seu pior inferno astral, envolvida por escândalos, denúncias de irregularidades, ações em benefício dos próprios vereadores, e até de conduta inadequada de alguns deles.
Vieram as eleições de 2008, e a proposta maior era a recuperação da imagem da Casa Jornalista José Carlos Florêncio. Quem se envolveu em escândalos não se reelegeu, e uma boa renovação aconteceu no legislativo municipal.
O primeiro desafio coube ao vereador Rogério Menezes, do PT, que se elegeu presidente da casa; buscou reduzir gastos, acabou com a verba indenizatória, economizou; e conseguiu ao fim do primeiro ano devolver R$ 1 mi, aos cofres do município, sendo destaque até na imprensa nacional. Saiu-se bem na fita e caiu na graça do povo.
Depois de Rogério, veio a eleição surpreendente de Licius Cavalcante, do PC do B; que contra tudo e todos conseguiu chegar a presidência da casa.
Licius, deu continuidade a gestão de Rogério, com ações parecidas buscando a moralidade da casa, e hoje os dois têm algo em comum: tem a aprovação popular, mas ganharam a antipatia do executivo municipal, e estão sendo “rifados”, e “cassados” de qualquer ação da municipalidade.
Perderam cargos, tiveram aliados demitidos, não são sequer convidados para os eventos, e hoje temem até pelas suas reeleições, tamanho o trator que tenta passar por cima de qualquer atividade dos dois parlamentares.
Mas de uma coisa temos certeza: a era de presidente fazer turismo com o dinheiro do povo passou, e pelo zelo com o dinheiro público, o carinho e determinação com que tratam o cargo que exercem, posso afirmar que os dois últimos presidentes estão aprovados.
Para quem é estreante na política, e pelo trabalho que vem desenvolvendo, aí estão dois bons exemplos que merecem ser reconduzidos ao legislativo municipal.
Posso afirmar que a Câmara Municipal, passou da água para o vinho. E que no ano que vem, possamos saber julgar melhor quem merece e quem não merece ser reconduzido a casa.
Muitos com certeza deverão continuar por lá, pelo que fazem em defesa do povo; enquanto que outros, lá nunca deveriam nem ter entrado.
E que a carapuça caia na cabeça de quem quiser.