ECONOMIA

Embrapa aposta na fruticultura em Petrolina para gerar novos empregos e mais renda

Do NE10
Do NE10
Publicado em 29/08/2011 às 14:00

Pequenos produtores rurais de regiões áridas do Nordeste poderão desenvolver fruticultura em área de sequeiro. A boa notícia vem da Embrapa Semi-Árido, que aponta para a produção de espécies como o maracujá do mato, aliada à indústria de beneficiamento através de doces, sucos, geléias, dentre outros, como forma de possibilitar geração de emprego e renda para famílias de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. O exemplo já existe e vem da  Cooperativa Agropecuária e Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC), no norte baiano. Lá, parte da geléia processada através do maracujá do mato é exportada para mercados como os da Itália e Alemanha. Também vai parar no paladar dos estudantes da região, através da merenda escolar.

“Atualmente, o aproveitamento da espécie é marcado pelo extrativismo e a subsistência. Mas a fruta tem potencial para se valorizar no mercado, de forma particular se integrada às atividades de pequenas indústrias de beneficiamento e processamento dos frutos em doces, geleias, mousse e sucos”, explica o pesquisador da Embrapa Semi-Árido em Petrolina, Francisco Pinheiro. É um produto diferenciado, de sabor bastante característico em relação ao maracujá amarelo. É importante apresentar ao agricultor o potencial agronômico e econômico que essa espécie nativa da caatinga possui”.

De acordo com informações da Embrapa, o maracujá do mato é descrito como uma espécie nativa da caatinga, capaz de produzir no ambiente quente e seco e em diversos solos típicos da região. O fruto é mais denso e mais ácido do que o maracujá comum. A estratégia comercial para apostar no fruto e seus produtos advém da tendência do mercado, que é a de consumir produtos naturais e de sabor exótico.