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FBI deve dar resposta se vai investigar lixo hospitalar nesta semana

Do NE10
Do NE10
Publicado em 19/10/2011 às 16:43

Sobre a denúncia do reaproveitamento de tecidos de hospitais de países norte-americanos na confecção de roupas na empresa Império do Forro de Bolso, que tem sede em Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, ambas cidades no Agreste de Pernambuco, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, disse que as autoridades dos EUA já foram contactadas.

"Enviamos um documento ao adito da FBI (Federal Bureau Investigation) de Brasília, e estamos aguardando a resposta deles, mas é possível que venha um representante para Pernambuco acompanhar as investigações", declarou nesta quarta-feira (19).

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O secretário ainda afirmou que caso esse fato seja considerado crime ambiental ou sanitário por lei nos EUA, "o FBI tem que investigar". "Eles já deram início às diligências, mas para que o trabalho seja realizado com mais serenidade é preciso que essa conduta seja crime nos EUA", disse.

Ainda esta semana o FBI se posicionará sobre a atuação no caso, que vem sendo investigado pela Polícia Federal do Brasil, Polícia Civil de Pernambuco, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Receita Federal. 

O CASO - O escândalo teve início na tarde do dia 11 de outubro, quando um contêiner vindo dos Estados Unidos foi apreendido pela Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto de Suape. A carga estava identificada na documentação de importação como sendo tecidos com defeito e seria enviada à Santa Cruz do Capibaribe, conhecido pólo têxtil da região.

Ao ser inspecionado pelos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil, foi constatado que na realidade o contêiner continha lixo hospitalar: lençóis sujos, seringas e luvas usadas, entre outros objetos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi chamada para fazer a análise e conferência do material, comprovando que não se tratava apenas de um processo de importação fraudulenta.