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FBI afirma que lixo hospitalar no IC não tem material biológico

Do NE10
Do NE10
Publicado em 20/10/2011 às 18:23

Durante entrevista coletiva realizada na sede do Consulado Americano no Recife na tarde desta quinta-feira (20), o adido do Federal Bureau Investigations (FBI) no Brasil, Richard Cavalieros, afirmou que o lixo hospitalar analisado pelo Instituto de Criminalística (IC), até o momento, não apresenta nenhum material biológico ou fluidos humanos. Segundo ele, foram analisadas amostras de vários materiais têxteis da indústria hospitalar e de hotéis dos Estados Unidos (EUA), recolhidos na Pólo de Confecções do Agreste, nas cidades de Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e Caruauru. O material encontrado no contêineres no Porto de Suape ainda não foram analisados.

Ainda de acordo com Cavalieros, não se sabe quanto tempo os representantes do FBI e da aduana americana acompanharão as autoridades brasileiras nas inspeções do Porto de Suape, mas, a princípio, serão poucos dias. "Mesmo não estando aqui em Recife nós vamos continuar dando apoio desde (sic) Brasília", afirmou o adido.

A cônsul dos EUA para o Nordeste, Usha Pitts, afirmou que os governos americano e brasileiro possuem acordos bilaterais que permitem que as aduanas dos dois países troquem documentos sem muitas burocracias e que as autoridades americanas e brasileiras do nível federal trabalhem em parceria.

O FBI entrou nas investigações sobre a entrada de resíduos hospitalares no território nacional através do Porto de Suape nessa quarta-feira (19), após solicitação do Governo Federal. Depois da descoberta do primeiro contêiner com 23 toneladas de lixo hospitalar no porto pernambucano, no último dia 11, foi-se constatado que a empresa que importou a carga, de nome Na Intimidade, de Santa Cruz do Capibaribe, utilizava retalhos de lençóis vindos de hospitais americanos para a fabricação de forros para bolsos.