Entre os próximos dias 14 e 16 de março, os servidores municipais de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, devem realizar uma paralisação de advertência. A iniciativa foi definida durante assembleia. A categoria já apresentou ao Executivo municipal uma pauta de reivindicações que incluem questões como Plano de Cargos e Carreira, melhores condições de trabalho, reposição de perdas salariais, dentre outras.
"Já entregamos a pauta, pedimos apreciação do executivo e aguardamos a resposta. Soubemos que para este momento não tinha resposta para nossas demandas. Isso não foi convincente, não atendeu às nossas expectativas. Mesmo porque entendemos que se o Executivo não acatou nossas propostas, poderia ter feito uma contra proposição. Demos prazo para que eles fizessem as avaliações e nos ofertassem alguma solução, mas não houve nenhuma evolução nesse sentido", enfatiza a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (Sindsemp), Wildes Mariléia.
Para Léia, como é mais conhecida, há muitas situações verificadas no cotidiano dos servidores que precisam da atenção do Executivo. "Toda as vezes em que colocamos alguma denúncia ou apresentamos demandas é porque de fato temos conhecimento de causa. Por exemplo, em alguns postos de saúde já verificamos que faltou álcool, já vimos servidores terem que comprar água potável para passar o dia todo trabalhando, terem que improvisar uma copa", destaca.
Sobre a relação entre Sindicato e Executivo, Wildes Mariléia é enfática. "Para que o diálogo dê certo é preciso que haja por parte do Executivo respeito e reconhecimento do que trazemos para debate porque isso é feito através das discussões das bases. Temos propostas sólidas, esmiuçadas, democratizadas nas instâncias e tem que haver o respeito pela luta classista. É preciso respeitar o que defendemos, valorizar o profissional pelo que ele deseja e precisa, mas não pelo que se acha necessário".