Crime bárbaro

Restos mortais de mulheres são velados neste sábado em Garanhuns

Do NE10
Do NE10
Publicado em 14/04/2012 às 11:59

Os restos mortais das mulheres que foram assassinadas em Garanhuns saíram do Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro do Recife, por volta das 10h30 da manhã deste sábado (14), seguindo para o interior do Estado, onde, enfim, poderão ser enterradas pela família.

As vítimas foram esquartejadas e enterradas no quintal de uma residência na Rua dos Emboabas, no bairro da Liberdade, em Garanhuns, Agreste do Estado. Uma delas estava desaparecida desde o último dia 25 de fevereiro e a outra desde o dia 12 de março.

Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, desaparecida há pouco mais de um mês, será velada em Garanhuns, na casa da sua mãe. A cidade fica a 229 quiilômetros da capital pernambucana. Mas os seus restos mortais serão enterrados no município de Palmerina, a 241 quilômetros do Recife, também no Agreste do Estado.

Outra vítima, Giselly Helena da Silva, conhecida como “Geisa dos Panfletos”, desaparecida desde o dia 25 de fevereiro, será velada em uma igreja evangélica também em Garanhuns e enterrada em Arcoverde, distante 259 quilômetros do Recife, no Sertão pernambucano.

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O CASO - A polícia investigava o desaparecimento de Giselly quando suspeitou do uso do seu cartão de crédito, cujas faturas continuavam chegando à casa dos pais. Fez uma investigação nos estabelecimentos onde as compras haviam sido feitas e, através de gravações das câmeras de segurança desses locais, conseguiu identificar três pessoas envolvidas.

Os acusados são Jorge Negromonte, Isabel Pereira e Bruna Cristina Oliveira da Silva (que se passava por Jéssica, provavelmente mais uma vítima). Os três formavam um triângulo amoroso, que, além de matar as vítimas, comiam a carne humana, chegando até a comercializá-las em lanches. Bruna e Isabel foram levadas para a Colônia Penal de Buíque e Jorge para a cadeia pública de Garanhuns.

“Quando chegamos até a casa, uma criança de apenas cinco anos mostrou à polícia onde os pais enterravam gente”, disse o delegado Wesley Fernando. Jorge Negromonte e Bruna Cristina se diziam pais dessa criança, que, na verdade, seria filha de Jéssica.