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MPPE recusa proposta de manter animais no zoo de Vitória

Do NE10
Do NE10
Publicado em 24/10/2012 às 22:09

Numa reunião realizada nesta quarta-feira (24), a promotora de Justiça de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, Vera Rejane Mendonça, fixou o prazo de 10 dias para que a prefeitura transfira mais de 100 animais que se encontram no zoológico municipal Melo Verçosa.

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O espaço foi interditado há pouco mais de um mês por precariedade na infraestrutura. Na reunião, realizada na sede da Promotoria de Justiça de Vitória, também estavam presentes representantes da gestão municipal e da Delegacia de Crimes Ambientais.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já havia fixado um prazo, vencido na última sexta-feira (19), para a transferência dos animais. O prazo sofreu uma ampliação por causa da possibilidade de um acordo, já que as autoridades locais manifestaram a intenção de manter os animais no zoológico, assumindo um compromisso de recuperar o espaço ou construir um novo.

A proposta foi recusada pela promotora que argumentou dizendo não haver justificativa para manter os animais por um longo período em um espaço degradado, mesmo que à espera de uma reforma.

A promotora Vera Rejane Mendonça também ressaltou que o Parque de Dois Irmãos, no Recife, e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já se dispuseram em receber a maior parte dos animais.

O Parque de Dois Irmãos já deu sinal verde para receber os avestruzes, a anta, a lhama, o porco-do-mato, a seriema e o urubu-rei. Outros animais, caso das araras e tucanos, seriam reintroduzidos à natureza pelo Ibama. Caso o município não transfira os animais para Dois Irmãos e para o Ibama no prazo de 10 dias, a promotora informou que pode entrar com uma ação judicial para obrigar a gestão a removê-los.

Entre os animais do zoo de Vitória que serão transferidos estão o leão Ageu e do urso Bruno. No caso dos dois, a transferência será definida após um laudo de técnicos do MPPE sobre a viabilidade de levá-los ao Rancho Gnomos, em Cotia, São Paulo.

O local se dispôs a receber os dois animais desde que a prefeitura assumisse os custos com alimentação deles. O laudo dirá se eles suportariam uma viagem longa sem risco de morte. Se o laudo afirmar que a remoção é viável, o município pode ser obrigado também a transferi-los por ordem judicial.