SEMINÁRIO

Fruticultores de Petrolina participam de seminário para discutir maneiras de combater a mosca-da-fruta

Do NE10
Do NE10
Publicado em 21/11/2012 às 7:39

Produtores, empresários e pesquisadores estarão reunidos na tarde desta quinta-feira (22), no auditório do Sebrae em Petrolina, Sertão de Pernambuco, quando discutirão sobre um dos maiores problemas para a fruticultura do sub médio do Vale do São Francisco: o ataque de mosca-da-fruta aos pomares. Organizado pela Embrapa Semi-Árido, o seminário tem como objetivo principal estabelecer estratégias que possam reduzir a população da praga de maneira que isso não afete as culturas desenvolvidas na região.

No bi-polo Petrolina/Juazeiro(BA), a principal espécie de mosca-da-fruta é a Ceratitis capitata, popularmente conhecida como mosca do mediterrâneo. Quando acontece o ataque, as frutas ficam imprestáveis tanto para o consumo in natura quanto para o aproveitamento da indústria de beneficiamento.

“O comportamento reprodutivo desses insetos é semelhante em todas as fruteiras, podendo ter um ciclo maior ou menor, de acordo com o fruto hospedeiro. As fêmeas põem ovos no interior dos frutos ainda firmes, num estádio próximo ao amadurecimento. No caso das uvas, apenas uma delas pode chegar a depositar ovos em mais de 200 bagas. Isto é um aspecto da agressividade da praga. Além disso, ela se adapta facilmente a diferentes frutas hospedeiras”, explica a pesquisadora da Embrapa Semi-árido, Beatriz Aguiar.

“Algumas técnicas, que combinam práticas culturais, armadilhas atrativas (Jackson ou McPhail), e o uso de iscas tóxicas são capazes de fazer baixar a infestação nas frutas. Além de outros métodos de controle, como o biológico e a técnica do inseto estéril. São soluções que não podem ser utilizadas individualmente nos pomares, mas de forma integrada para que o manejo seja eficiente”, complementa Beatriz.