Abuso sexual

Suspeito de estuprar criança de 7 anos é preso em Limoeiro

Do NE10
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Publicado em 03/10/2013 às 12:16

ATUALIZADA ÀS 12H53

A Polícia Civil de Limoeiro, no Agreste do Estado, e uma equipe da Malhas da Lei da delegacia seccional do município prenderam na manhã desta quinta-feira (3) um homem suspeito de torturar uma criança de 7 anos no último dia 22 de setembro. Elvis Ferreira de Lacerda, 35 anos, proprietário de um salão de beleza em Limoeiro, é acusado de abusar sexualmente e torturar a sobrinha do companheiro, que criava a pequena.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Gustavo Gondim, a denúncia chegou à polícia através do Conselho Tutelar da Cidade. "Na semana passada a criança chegou na escola cheia de hematomas no rosto. A diretora desconfiou e resolveu conversar com a criança, que terminou revelando os abusos. O Conselho Tutelar foi acionado e repassou para a polícia", contou.

A vítima foi ouvida pela polícia e relatou as diversas torturas físicas e psicológicas praticadas pelo suspeito. Alguns desenhos feitos pela criança no Conselho Tutelar da cidade também retrataram as torturas. Apesar da criança afirmar que o estupro ocorreu no último dia 22, seus relatos levam a crer que os abusos já ocorriam há um tempo indeterminado.

Antes de começar a prestar depoimento na delegacia da cidade, o suspeito passou mal e foi encaminhado ao hospital de Limoeiro. Apesar de não ter confessado o crime à polícia, Elvis Ferreira já havia revelado ter torturado e estuprado a criança à diretora da escola.

Após receber alta, Elvis Ferreira será interrogado pela polícia e  encaminhado para a Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, onde ficará à disposição da Justiça. Se for condenado, pode pegar pena que varia de 2 a 8 anos de reclusão pelo crime de tortura e de 8 a 15 anos de reclusão pelo estupro de vulnerável. 

Além da diretora do colégio e a vítima, já foram ouvidos pela polícia três professoras e três conselheiros tutelares. Nesta sexta-feira (4), o delegado Paulo Gustavo Gondim, deve ouvir o depoimento de uma outra professora e do companheiro do suspeito. O inquérito têm até dez dias para ser concluído. A criança está em companhia da diretora desde a última sexta-feira (27), já que seus pais são portadores de deficiência mental e não têm condições de criá-la. O Conselho Tutelar acompanha o caso para resolver a questão da guarda.