AGRESTE

Polícia prende novamente o vereador Evandro Silva em Caruaru

Do NE10
Do NE10
Publicado em 09/01/2014 às 20:35

Em continuidade à Operação Ponto Final, a Polícia Civil prendeu novamente em Caruaru, no Agreste pernambucano, o vereador Evandro Silva (PMDB). A prisão, segundo nota da polícia enviada à imprensa, ocorreu na tarde desta quinta-feira (9).

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O parlamentar fez exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), ainda na cidade, e em seguida foi encaminhado à Penitenciária Juiz Plácido de Souza.

Também de acordo com a nota, a prisão ocorreu em virtude de um mandado expedido pela 4ª Vara Criminal de Caruaru. O texto afirma que a Operação segue sendo chefiada pelo delegado Erick Lessa. O motivo da prisão do vereador não havia sido informado até a publicação deste texto.

Ainda segundo a polícia, outro mandado também foi expedido decretando a prisão preventiva do vereador Neto (PMN). No entanto, o parlamentar não foi encontrado e nem atendeu os telefonemas da polícia, o que o leva a ser considerado um foragido da Justiça.

GRAVAÇÕES - O juiz da 4ª Vara, Pierre Souto Maior, também determinou o fim do sigilo do processo que investiga os vereadores, ao qual a imprensa teve acesso no final da tarde dessa quinta-feira. Entre outras coisas, os autos mostram vídeo e gravações dos suspeitos em conversas com interlocutores numa suposta negociação de propina para aprovação de projetos na Câmara do município.

O CASO - A Operação Ponto Final foi deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, 10 vereadores da Capital do Agreste foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

Foram presos após seis meses de investigação da Polícia Civil, os vereadores Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (expulso do PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB). Todos os suspeitos foram soltos no final de dezembro.