O vereador Evandro Silva (PMDB) já foi liberado da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste do Estado. O peemedebista foi solto por volta das 19h desta segunda-feira (13). A saída do parlamentar da unidade prisional foi tranquila, apenas familiares e imprensa permaneciam no local. Na saída do presídio, o membro do legislativo caruaruense foi escoltado por três seguranças.
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A liberação do vereador foi conseguida após o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Fausto Campos, ter concedido, no início da tarde desta segunda-feira, uma liminar favorável ao pedido de habeas corpus feito pela defesa do parlamentar. O peemedebista é um dos vereadores investigados pela Operação Ponto Final. Ele foi preso pela segunda vez na tarde da última quinta-feira (9).
A prisão de Evandro ocorreu em virtude de um mandado expedido pela 4ª Vara Criminal de Caruaru, que afirmou que o peemedebista estaria ameaçando testemunhas envolvidas no processo que investiga os vereadores alvos da Operação.
Um mandado pelo mesmo motivo também foi expedido para prender o vereador Neto (PMN), que está foragido. A defesa do membro do Partido da Mobilização Nacional informou que ele aguarda uma decisão do TJPE acerca de um pedido de habeas corpus preventivo para poder se entregar à polícia.
O CASO - A Operação Ponto Final foi deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, 10 vereadores da Capital do Agreste foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.
Foram presos após seis meses de investigação da Polícia Civil, os vereadores Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (expulso do PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB). Todos os suspeitos foram soltos no final de dezembro.
GRAVAÇÕES - O juiz da 4ª Vara, Pierre Souto Maior, também determinou o fim do sigilo do processo que investiga os vereadores, ao qual a imprensa teve acesso no final da tarde da última quinta-feira (9). Entre outras coisas, os autos mostram vídeo e gravações dos suspeitos em conversas com interlocutores numa suposta negociação de propina para aprovação de projetos na Câmara do município.