OPERAÇÃO PONTO FINAL

TJPE concede habeas corpus preventivo ao vereador Neto (PMN)

Do NE10
Do NE10
Publicado em 14/01/2014 às 16:42

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Fausto Campos, concedeu, na tarde desta terça-feira (14), parecer favorável ao habeas corpus preventivo solicitado pela defesa do vereador de Caruaru, no Agreste pernambucano, Neto (PMN). O parlamentar é um dos vereadores investigados na Operação Ponto Final.

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Neto era considerado foragido da Justiça desde a tarde da última quinta-feira (9), quando um mandado solicitando a prisão do vereador foi expedido pela 4ª Vara Criminal de Caruaru e o parlamentar não foi localizado pela polícia.

O documento havia sido emitido em virtude da Justiça ter entendido que o membro do Partido da Mobilização Nacional estaria ameaçando testemunhas envolvidas no processo que investiga os parlamentares alvos da Operação.

Segundo o advogado de Neto, Roberto Vasconcelos, o vereador deve se apresentar à Justiça na manhã desta quarta-feira (15), assim que a defesa estiver de posse do habeas corpus.

Um mandado com a mesma justificativa também foi expedido na semana passada contra o vereador Evandro Silva (PMDB). Ele foi preso pela segunda vez na última quinta-feira (9), e liberado da Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, na noite dessa segunda-feira (13).

A soltura do legislador foi conseguida após o desembargador do TJPE, Fausto Campos, ter concedido, no início da tarde dessa segunda-feira, uma liminar favorável ao pedido de habeas corpus feito pela defesa de Evandro. O peemedebista também é investigado na Operação Ponto Final.

O CASO - A Operação Ponto Final foi deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, 10 vereadores da Capital do Agreste foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

Foram presos após seis meses de investigação da Polícia Civil, os vereadores Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (expulso do PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB). Todos os suspeitos foram soltos no final de dezembro.

GRAVAÇÕES - O juiz da 4ª Vara, Pierre Souto Maior, determinou o fim do sigilo do processo que investiga os vereadores, ao qual a imprensa teve acesso no final da tarde da última quinta-feira (9). Entre outras coisas, os autos mostram vídeo e gravações dos suspeitos em conversas com interlocutores numa suposta negociação de propina para aprovação de projetos na Câmara do município.