NOMEAÇÃO

Câmara de Caruaru define novos membros da Comissão de Ética

Do NE10
Do NE10
Publicado em 16/01/2014 às 19:01

Foram escolhidos na tarde desta quinta-feira (16), após reunião na Câmara de Vereadores em Caruaru, no Agreste pernambucano, os parlamentares que irão integrar a nova Comissão de Ética do legislativo local. Eles assumem como suplentes os lugares de Eduardo Cantarelli e Louro do Juá (SDD), Pastor Jadiel (Pros), Cecílio Pedro (PTB) e Sivaldo Oliveira (PP). Todos foram afastados por serem investigados na Operação Ponto Final.

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Após o encontro, ficou definido que os vereadores Edjailson da Caru Forró (PTdoB), Lula Torres (PR), Edmilson do Salgado (PCdoB), Romildo Oscar (PTN) e Ranilson Santos (PTB), assumem as cinco vagas de suplentes na Comissão de Ética, esta que deve avaliar se vai acatar ou não a recomendação do MPPE para cassar os mandatos dos acusados na Operação Ponto Final.

“Restaram apenas cinco vereadores, e são esses cinco que escolhemos e determinamos em portaria”, disse o presidente da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, Leonardo Chaves (PSD), em entrevista concedida à TV Jornal Caruaru

Os demais parlamentares que integram a Comissão como titulares são: Ricardo Liberato (PSC), Marcelo Gomes (PSB), Ze Ailton (PDT), além de Rozael e Demóstenes veras (Pros).

O CASO - A Operação Ponto Final foi deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, 10 vereadores da Capital do Agreste foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

Foram presos após seis meses de investigação da Polícia Civil, os vereadores Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (expulso do PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB). Todos os suspeitos foram soltos no final de dezembro.

GRAVAÇÕES - O juiz da 4ª Vara, Pierre Souto Maior, determinou o fim do sigilo do processo que investiga os vereadores, ao qual a imprensa teve acesso no final da tarde da última quinta-feira (9). Entre outras coisas, os autos mostram vídeo e gravações dos suspeitos em conversas com interlocutores numa suposta negociação de propina para aprovação de projetos na Câmara do município.