OPERAÇÃO PONTO FINAL

Em Caruaru, outros dois vereadores são ouvidos pelo MPPE

Do NE10
Do NE10
Publicado em 24/01/2014 às 10:49

Estão na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira (24), os vereadores Evandro Silva (PMDB) e Neto (PMN). Eles estão entre os 10 vereadores alvos da Operação Ponto Final e serão interrogados pela promotoria da cidade. De acordo com a promotora Bianca Stella, a ouvida é uma das etapas da investigação que pode levar o MP a mover ação de improbidade administrativa contra os parlamentares. Eles são acusados de concussão, corrupção passiva e organização criminosa.

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Já na semana passada, na quinta-feira (16), foram interrogados pelo MPPE os vereadores Eduardo Cantarelli e Louro do Juá (SDD), Pastor Jadiel (Pros), Jajá (expulso do PPS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (Pros), Cecílio Pedro (PTB) e Val (DEM). Segundo a promotora Bianca, outras pessoas citadas pelos vereadores que prestaram depoimento no dia 16 devem ser notificadas e convocadas à prestarem esclarecimentos ao MPPE. No entanto, a data para que isso ocorra ainda não foi definida.

O CASO - A Operação Ponto Final foi deflagrada no início da manhã do dia 18 de dezembro do ano passado. Ao todo, 10 vereadores da Capital do Agreste foram presos e encaminhados à Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa. Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.

Foram presos após seis meses de investigação da Polícia Civil, os vereadores Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Pastor Jadiel e Val das Rendeiras (Pros), todos da base governista, e mais seis da oposição: Val (DEM), Louro do Juá e Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (expulso do PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB). Todos os suspeitos foram soltos no final de dezembro.

GRAVAÇÕES - O juiz da 4ª Vara, Pierre Souto Maior, determinou o fim do sigilo do processo que investiga os vereadores, ao qual a imprensa teve acesso no final da tarde da quinta-feira (9). Entre outras coisas, os autos mostram vídeo e gravações dos suspeitos em conversas com interlocutores numa suposta negociação de propina para aprovação de projetos na Câmara do município.