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Especial: BR-232 é a estrada dos problemas e dos riscos aos motoristas

Do NE10 Interior
Do NE10 Interior
Publicado em 14/04/2014 às 12:58 | Atualizado em 16/02/2023 às 10:58

O início da rodovia BR-232 se confunde com o final da Avenida Abdias de Carvalho, no Recife, uma das mais movimentadas da capital pernambucana. Esse foi o ponto de partida da reportagem especial do TV Jornal Meio-Dia da TV Jornal Caruaru que mostra o raio-x da rodovia que antes era referência na qualidade de tráfego, mas que atualmente vive em uma realidade de problemas e risco aos motoristas.

Do Recife até Parnamirim, no Sertão, são mais de 552 quilômetros de pista, trecho da BR-232 que corta Pernambuco. Desse total, 160 quilômetros são duplicados, que vai do Recife até São Caetano, no Agreste.

Da capital até Pombos, o trecho duplicado ainda está em condições trafegáveis, mas é possível se deparar com rachaduras no asfalto, curvas perigosas, pouca sinalização, mato no canteiro central da rodovia e deficiência nos perímetros urbanos.

O motorista que for até Gravatá, por exemplo, terá que passar pela Serra das Russas, trecho onde as placas de sinalização estão danificadas e cobertas pelo mato. No Túnel Plínio Pacheco, a iluminação está prejudicada com as inúmeras lâmpadas queimadas. Já em trechos como em Encruzilhada de São João, em Bezerros, no Agreste, a escuridão toma conta da rodovia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2013 foram registrados 1.214 acidentes no trecho entre Recife e Caruaru. Desse total, 465 foram considerados leves, 175 graves e 43 com mortes. Vinte e oito acidentes foram causados por defeitos na rodovia.

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Este ano, até o dia cinco de abril, a PRF havia registrado no mesmo trecho 263 acidentes, sedo 93 leves, 22 graves e 10 com mortes. Quinze acidentes foram provocados por defeitos na pista.

O governo do Estado já anunciou uma possível Parceria Público-Privada (PPP) para recuperação e adequação da BR-232. A medida havia sido anunciada no ano passado, mas nenhuma medida foi concretizada.