Operação Grosso e a Varejo

Mercadorias sem comprovação de origem são apreendidas no Sertão

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 06/08/2014 às 7:59

Polícia suspeita de roubo de caminhões que transportavam alimentos como arroz, açúcar, óleo de soja, carne de charque, entre outros, em municípios e estradas do Sertão do Estado
Foto: Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal em Pernambuco, com o apoio da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e da Polícia Civil, deflagrou nessa terça-feira (5), a operação Grosso e a Varejo, com o objetivo de apreender mercadorias sem comprovação de origem e recolhimento de impostos devidos.

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Salgueiro, Petrolina e Serrita, no Sertão pernambucano. Caso as irregularidades sejam comprovadas, os envolvidos serão responsabilizados e poderão ser autuados pelos crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas podem ultrapassar 10 anos de reclusão.

As investigações começaram quando a PF suspeitou de um distribuidor de mercadorias de Serrita, que estava aplicando preços abaixo do mercado, além de suspeitar do roubo de caminhões que transportavam alimentos como arroz, açúcar, óleo de soja, carne de charque, entre outros, em municípios e estradas do Sertão do Estado.

Ao todo, 15 residências, depósitos e supermercados foram fiscalizados
Foto: Polícia Federal/Divulgação
Vários depósitos clandestinos de mercadorias foram encontrados em Serrita, pertencentes ao suspeito. Os espaços eram frequentados no período nortuno e durante a madrugada, com o transporte de caminhões com mercadorias. 

Ao todo, 15 residências, depósitos e supermercados foram fiscalizados, onde foram encontrados cinco pontos clandestinos. Catorze dos estabelecimentos foram interditados, pois continham mercadorias suspeitas, além de um caminhão carregado de açúcar sem documentação fiscal.

Nas residências em que foram cumpridos os mandados, a operação encontrou vários documentos, que serão analisados pela polícia. Auditores da Sefaz também avaliarão as mercadorias, para que sejam lavrados autos de infração, e só serão liberadas após recolhimento do ICMS e multa devidos, além da comprovação da origem. Participaram da ação 42 auditores da Diretoria de Operações Estratégicas (DOE), 36 policiais federais e 12 policiais civis.